Jogador fala do drama da Fiorentina O médio que já jogou no Benfica vive ao lado do português o drama da Fiorentina.
Amaral está a viver ao lado de Nuno Gomes o drama da Fiorentina, que luta contra o tempo para conseguir o dinheiro que significa a última esperança de sobrevivência para o clube e de permanência na Serie B italiana. O médio brasileiio que já jogou no Benfica esteve esta tarde com o jogador português e diz ao Maisfutebol que o seu sentimento é idêntico: «Estamos todos preocupados.»
Amaral diz que a última hora-limite imposta foi as 18h de hoje. Por essa altura têm de surgir os 22 milhões de euros necessários para saldar as dívidas, nomeadamente relativas aos salários dos jogadores. Mas a Fiorentina falhou o prazo para inscrição na Serie B e, por isso, mesmo que consiga o dinheiro, fica dependente de uma última decisão do Conselho Federal da Federação italiana, que se reúne nesta quinta-feira.
«Eu e o Nuno Gomes temos seis meses de salários em atraso», confirma também Amaral, mostrando-se convicto de que ficará livre para decidir o seu futuro se a Fiorentina falhar os últimos prazo para resolver o assunto. «Cada um fica livre. Quando há uma falência, as pessoas ficam livres», afirma, revelando que essa garantia lhe foi dada pelo seu empresário.
Amaral confirma também que os jogadores assinaram a «liberatória», um documento viabilizando a inscrição da Fiorentina, que foi levado pelo capitão Di Livio a Mijatovic. «Foi à condição de haver dinheiro», explica.
O jogador ainda não sabe o que fará se se confirmar o pior cenário para a Fiorentina e diz que Nuno Gomes, cujo interesse de Benfica e Sporting tem sido noticiado em Portugal, está na mesma situação: «Estive agora com ele. Estamos à espera de saber o que vai acontecer, para decidir o que fazemos a seguir.»
Amaral conta depois como tem passado os últimos dias. A equipa esteve a estagiar em Roncegno e goza agora dois dias de folga, estando previsto o regresso ao estágio na sexta-feira. Neste período, Amaral e Nuno Gomes estão em Florença, onde o ambiente é pesado, revela.
«Tem sido muito difícil. A gente não deixou de treinar, mas estamos sempre preocupados. A perna quer ir, mas a cabeça não vai. Nunca passei por isto. Estou triste é pelos adeptos, pelas pessoas», conta Amaral, para depois falar do ambiente que se vive em Florença: «As pessoas choram... Está todo o mundo a chorar, todo o mundo na expectativa.»
