Brasileiro marcou 24 golos em Espanha
Com alguma surpresa, Henrique da Silva (Catanha, nome artístico) sagrou-se o segundo melhor marcador da Liga espanhola a par de Jimmy, outro velho conhecido do nosso futebol. O brasileiro que já jogou no Belenenses marco 24 golos e foi apenas ultrapassado pelo não menos surpreendente Salva (Racing Santander) que marcou 27 golos. Edgar e Agostinho são, no ataque do Málaga, as «muletas» de Catanha. Partem deles os passes para grande parte dos golos do brasileiro.
Reconhecido, Catanha tinha prometido que, se fosse o melhor marcador do campeonato, dedicava o título de «Pichichi» a Edgar, que recupera de grave lesão. «Edgar é um amigo, companheiro e irmão para mim e ajudou-me muito a ser o vice-marcador da liga», agradece o brasileiro.
Catanha esteve 5 meses no Belenenses em 95/96 (marcou 12 golos em 13 jogos) e na época seguinte foi levado por João Alves para o Salamanca, participando também em 13 jogos mas sem festejar nenhum golo. Em 97/98 este por empréstimo no Leganés, onde apontou 14 golos em 34 partidas efectuadas. Despertou então o interesse do Málaga, que o contratou ao Salamanca. Na Andaluzia, o brasileiro «explodiu» e ao lado de Agostinho e Edgar teve a sua consagração na temporada agora finda, ao ponto de ser um dos jogadores mais disputados deste defeso no país vizinho.
«Se aparecer um grande clube, tenho que pensar bem na possibilidade de mudança apesar de me sentir bem no Málaga. Mas qualquer jogador ambiciona mais, por isso encaro com satisfação as notícias do interesse de grandes clubes em mim», diz o jogador, reagindo às notícias do interesse já manifestado por Deportivo da Corunha, Real Madrid e Atl. Madrid nos seus préstimos. Catanha promete ter o seu futuro resolvido nas próximas duas ou três semanas.
O Málaga não está disposto a prescindir do seu artilheiro, que tem o passe avaliado em dois mil milhões de pesetas (2.750 mil contos), e o presidente Fernando Puche tem declarado que Catanha é intransferível, estando preso a mais três anos de contrato. O clube pediu até a naturalização do jogador, que também tem interesse em obter a nacionalidade espanhola. O «piscar de olhos» entre Catanha e a selecção vizinha é mútuo.
