Salgueiros-Belenenses, 2-0 (destaques)

27 mai 2001, 18:27

João Pedro resistiu ao apelo da praia

João Pedro

Mais um golo, que o permitiu tornar-se o melhor marcador da equipa, superando Pedrosa. Um estatuto justo para o mais regular e perigoso avançado salgueirista da temporada. Um golo bem ao seu estilo, tirando partido da velocidade e da forma como evita os foras-de-jogo, um outro por marcar, em lance idêntico no qual só não esteve bem na finalização, e alguns cruzamentos bem medidos, lá da direita, onde Cléber nunca foi oposição à altura. Era difícil pedir mais: com o tempo a pedir toalha e papo para o ar, encontar motivação para correr e fazer coisas bem feitas não era missão de desvalorizar. 

Marco Cláudio

Algumas aberturas lúcidas ¿ a que deu origem ao primeiro golo, e uma outra, desperdiçada por Caló à beira do fim ¿ mostram que há ali mais do que suor e esforço. Bons passes em profundidade, e o necessário rigor táctico para não desconjuntar um meio campo de apenas três unidades.  

Bruno Fernandes e Cafú

O primeiro tem sido pouco utilizado e, talvez por isso, pretendeu mostrar serviço, em especial na primeira parte, com algumas subidas oportunas. Perdeu força e lucidez na segunda parte, mas via-se que não estava ali a fazer um frete, ao contrário da maioria dos colegas. Quanto a Cafú, habitual suplente, correspondeu ao apelo de Marinho ao intervalo, rendendo o apático Marcão. Não marcou, mas esteve perto disso em duas ocasiões. Atendendo ao volume de jogo ofensivo dos azuis, nesta tarde, já não foi nada mau. Um adepto do Salgueiros prestou-lhe justa homenagem, gritando: «Para que é que estás a correr? És o único...» 

Caló

O mérito de aparecer bem na área, de cheirar as oportunidades de golo e de fugir às marcações. O demérito de uma ineficácia comprometedora, que o levou a desperdiçar quatro boas ocasiões. A última, com um belo pontapé, esbarrou na trave. Azar? Decerto, mas pelo que já tinha falhado antes, bem apetece ser implacável: bola na trave é bola mal chutada, diz-se no Brasil...

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