Benfica-Rosenborg, 1-0 (destaques)

26 fev 2004, 23:17

Tiago e Petit dinamizaram o meio-campo, João Pereira entrou endiabrado Nuno Gomes e Simãio estiveram bem no ataque, faltaram os golos.

Tiago e Petit, «dinamic duo»

Finalmente conseguiram encontrar um compromisso e acertaram nos tempos de saída para o ataque. Tiago teve mais liberdade para subir e Petit soube acompanhá-lo sem se esquecer de defender. A dupla conseguiu ter mobilidade e Petit teve um papel decisivo na recuperação de bola. O «camisola 6» esteve bem a travar as movimentações atacantes norueguesas pelo centro do terreno. Tiago colocou a bola «jogável». Ou melhor, colocou-a nos colegas da frente e apoiou o ataque tentando criar espaços. Conseguiu mesmo criar muitos desequilíbrios. Mostrou-se solto e «despreocupado» nas movimentações. Não se inibiu perante o tamanho dos noruegueses e, perante a constatação de que as coisas lhe estavam a sair bem, sacudiu possíveis complexos e vislumbrou-se alguma alegria no seu jogo.

Nuno Gomes e Simão, a caminho da baliza

O «número 21» fez um bom jogo. Os noruegueses deram-lhe espaços e ele agradeceu. O avançado «conseguiu jogar». Esteve perto de marcar por mais que uma vez, mas a oportunidade mais flagrante chegou aos 52 minutos. Tinha tudo para fazer o golo. A linha de golo estava a um metro, se tanto. Ninguém pela frente, mas... rematou para o lado. Claro que este falhanço não manchou a exibição. O avançado trabalhou muito, criou desequilíbrios e tentou o golo. Dizer que não marcou por azar é demasiado subjectivo¿ A verdade é que não marcou. Mas deu a marcar. Minuto 60, João Pereira serviu Nuno Gomes, que atrasou para Zahovic, que rematou forte. Saiu, em tempo de descontos, com queixas na perna direita. Simão foi sempre voluntarioso e criou dificuldades a Basma, que mostrou não ser um «tosco». Fez bons passes e tentou a sorte, mas faltou sempre um bocadinho...

Miguel, apanhem-me se puderem

O lateral aproveitou a velocidade para «sentar» Brattbakk e Stensaas. Ganhou confiança e os cruzamentos saíram-lhe bem. Atacou bem e não complicou na defesa. Pena foi que Geovanni nem sempre tenha conseguido acompanhá-lo. A entrada de João Pereira deu-lhe segurança nas subidas.

João Pereira, o «endiabrado»

Entrou só no segundo tempo, mas entrou a toda a velocidade. O «miúdo» agigantou-se e mostrou que entrava para fazer a diferença. Conseguiu-o. Dinamizou o lado direito e combinou bem com Miguel. Não se esqueceu de fechar o flanco.

Berg, quem é velho?!?!

Quantos anos tem este senhor? 35?! A sério? Não parece nada. Chegou a estar em dúvida por apresentar problemas musculares, mas passou no «teste». Ninguém desconfiaria da semana «atribulada» do «número 7». O médio jogou e fez jogar. Tem uma mobilidade e toque de bola que fazem corar muitos craques. Tem boa visão de jogo e tem facilidade em colocar a bola onde quer. Ainda tem muito para mostrar e ensinar aos que chegarem ao Rosenborg. É, sem dúvida, o patrão do meio-campo. É um dos jogadores mais baixos da equipa do país dos fiordes, mas é uma das provas vivas de que o tamanho pouco importa.

Espen Johnsen, o «homem-elástico»

É guarda-redes da selecção da Noruega. Isto só por si já diz alguma coisa, mas para quem não fica convencido pelo estatuto do guarda-redes, é bom e mostrou isso na Luz. Fez boas defesas e esteve no sítio certo. Nos livres a favor dos encarnados notou-se uma boa colocação e visão do jogo. Estica-se aos limites e chega onde pareceria impossível chegar.

Hoftun e Riseth, a muralha norueguesa

O capitão é muito seguro e Riseth muito forte e duro. A junção é quase perfeita. Há um bom entendimento, embora se note uma ligeira superioridade qualitativa de Hoftun. O «número 3» parece conseguir estar em todo o lado. Tem uma boa leitura de jogo e sabe exactamente onde deve colocar-se. Jogaram sempre muito juntos, o que facilitou o apoio.

Benfica

Mais Benfica

Patrocinados