Sporting-Farense, 1-0 (Crónica)

20 ago 2000, 22:05

Só João furou a teia O Farense enredou o Sporting numa teia de marcações apertadas e controlo a meio-campo, e os «leões» não encontraram velocidade e criatividade para a quebrar. Valeu João Pinto aos campeões nacionais.

João Pinto só «apareceu» na segunda parte do Sporting-Farense, mas foi suficiente. O ex-capitão do Benfica que virou «leão» marcou o golo da vitória dos campeões nacionais e foi por ele que passou quase todo o jogo da equipa no segundo tempo. Até aí, João Pinto tinha-se deixado enredar, como toda a equipa, na estratégia do clube algarvio. 

O Farense chegou a Alvalade com o trabalho de casa feito. Manuel Balela colocou cinco homens na defesa, cada um com a missão de marcar um dos jogadores mais avançados do Sporting. Sá Pinto, Edmilson, Acosta e João Pinto (que teve como polícia um Nuno Campos irrepreensível no papel) nunca conseguiram fugir a essa teia e procurar alternativas. 

O jogo começou lento e assim continuou. Só a velocidade e a criatividade podiam fazer a diferença, mas ninguém parecia para aí virado, no Sporting. O resultado foi uma série de passes interceptados, de tentativas ténues de desmarcação rapidamente anuladas. 

O Farense resolvia assim as coisas lá atrás e, quando ganhava a bola, subia rápido para a frente. A bola chegava depressa a Hassan, surpreendendo a própria defesa do Sporting, que não esperava grandes novidades de uma equipa que vinha jogar tão fechada a Alvalade. Foi assim aos 16 minutos, quando Hassan se antecipou aos centrais do Sporting e só foi desarmado por um André Cruz já em esforço, na pequena área. 

O jogo arrastou-se até ao intervalo. No regresso, João Pinto começou logo por mostrar que estava disposto a mudar as coisas. Subiu, ele que tinha passado toda a primeira parte a recuar, para procurar fugir à marcação, e logo no primeiro minuto fez um excelente cruzamento, que acabou em canto. E foi daí que surgiu o golo, o primeiro de João Pinto com a camisola dos «leões».  

O jogo abriu, porque o Farense já tinha algo a perder e o Sporting começou a acreditar que podiam vir mais golos, de onde surgiu aquele. Inácio também percebeu que Edmilson e Sá Pinto já não davam mais e procurou alternativas. Primeiro fez entrar Horvath para o lado esquerdo, depois Toñito para a direita. O checo deu alguma dinâmica ao seu sector, mas o espanhol estava em dia de não acertar. 

Do lado do Farense, Balela também jogou do banco. Fez entrar Marco Nuno e Zegarra, dois homens com características mais ofensivas e, mesmo sem mudar o rosto da equipa, subiu no terreno. E foram os algarvios quem acabou o jogo a pressionar. Aos 82 m, Hassan obrigou mesmo Schmeichel a uma defesa apertada.

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