Fraude mancha concurso para melhor jogador do ano O concurso que elegeu Zidane como melhor jogador do ano ficou marcado por uma fraude. Um funcionário da Federação de Futebol da Costa Rica votou pelo treinador nacional Gílson Nunes e enganou a FIFA. O erro só foi descoberto na segunda feira passada, dia em que foi conhecido o vencedor.
O insólito aconteceu no concurso da FIFA que elegeu Zidane como o melhor jogador do ano. Um funcionário da Federação de Futebol da Costa Rica fez-se passar por Gílson Nunes, ex-treinador da seleçcão deste país, e enviou um faxe para a FIFA atribuindo os seus três votos aos jogadores costariquenhos Wanchope, Medford e Soto.
O erro só foi descoberto na segunda-feira passada quando a FIFA anunciou a escolha dos 130 técnicos das selecções nacionais e Gílson Nunes negou ter sido ele a votar em tais jogadores. «Não seria maluco de escolher jogadores da Costa Rica para os melhores do mundo», afirmou irritado o técnico de origem brasileira à imprensa local.
Segundo o site brasileiro www.zaz.com.br, a informação que deixou os jornalistas perplexos foi mais tarde confirmada pelo próprio porta-voz da Federação costariquenha, Ricardo Quirós. «Não é a assinatura de Nunes que consta no documento, pois eu reconheço-a. Algum funcionário da entidade mandou este formulário para a FIFA, votando por ele», afirmou, negando-se a revelar o nome do responsável pelo engano.
Gílson Nunes que ficou a saber do sucedido através do porta-voz da federação revelou depois que não pretendia tomar nenhuma medida jurídica contra a entidade ou mesmo contra a FIFA. «Sei que foi um equívovo muito grande, mas não vou tomar providência nenhuma. Já dei uma bronca no cara e vou passar por cima disso».
«De consciência tranquila», o técnico afirmou que não está minimamente preocupado com a má imagem deixada por aquela que todos acreditavam ser a sua escolha. «Não estou nem aí. Este episódio acabou para mim. Não cometi essa loucura e isso é o que vale para mim».
«Alguém quis arranhar a imagem de Gílson», afirmou o actual treinador da Costa Rica, o também brasileiro Alexandre Guimarães, lamentando que o funcionário responsável pela fraude não seja punido.
Como até à data a FIFA ainda não teve conhecimento do engano oficialmente, não se sabe se irá punir a Federação da Costa Rica pelo incidente que manchou um dos mais importantes concursos internacionais de futebol.
