Chaves luta contra o tempo

18 mai 2002, 19:01

Castanheira Gonçalves desafiado a regressar A situação é de impasse em Trás-os-Montes. Até à Assembleia Geral de dia 27, não é provável que alguém avance.

O impasse em Chaves continua preocupante. Até à Assembleia Geral, marcada para 27 de Maio, segunda-feira, tudo aponta para que o vazio directivo permaneça, agravando os problemas financeiros do clube flaviense.

Os ordenados em atraso acumulam-se por cinco meses, facto que está a gerar situações dramáticas entre os jogadores do plantel - sobretudo os estrangeiros, que nem têm dinheiro para regressar aos respectivos países, de modo a gozar o seu período de férias.

Depois de o presidente da Assembleia Geral, Branco Teixeira, ter obtido do presidente da Câmara Municipal de Chaves, João Baptista, «garantias mínimas» de apoios futuros que possam afastar o espectro da extinção, foi o próprio presidente da Liga, Valentim Loureiro, a disponibilizar-se a ajudar o clube transmontano. Ainda assim, esses apoios cobrirão uma parte bastante pequena de um problema de grande extensão. «Tem que aparecer alguém que avance e resolva a questão», sublinha Arménio Rodrigues, um dos membros do departamento de futebol, em declarações ao Maisfutebol.

Este dirigente explica que «uma situação como esta implica algum tempo para se poder resolver. É normal que ninguém queira avançar para já, tão grave é a situação financeira do clube». Se no próximo dia 27 não for apresentada nenhuma lista, o mais provável será o presidente da Assembleia Geral, Branco Teixeira, convidar um grupo de pessoas a assumir uma Comissão Administrativa, no sentido de impedir um vazio total no clube.

Castanheira Gonçalves desafiado a avançar

O nome mais desejado em Chaves é o de António Castanheira Gonçalves, que presidiu ao clube durante vários anos. Várias pessoas da cidade, incluindo alguns jogadores, terão já pedido a Castanheira para fazer mais um «sacrifício» pelo clube, mas o dirigente só estará disponível para aceitar esse desafio no caso de sr formada uma SAD. «Não vejo esse cenário como muito provável», confessa Arménio Rodrigues, que entende como «compreensível» a cautela de Castanheira Gonçalves.

Ainda assim, Arménio Rodrigues recusa um cenário fatalista para o Chaves: «Não acredito que não possamos participar no campeonato da II Liga. Isto vai resolver-se. Pode demorar, mas vai resolver-se».

Neste momento, e após o abandono do ex-presidente Baltasar Ferreira, o departamento de futebol do Chaves está confinado a três elementos: Arménio Rodrigues, José Manuel Fernandes e Alberto Melo.

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