«É preciso tirar o chapéu ao golo do Paulo Torres», diz Neca

17 nov 2001, 23:36

Depois de eliminar o Gil Vicente da Taça Os treinadores concordam quanto à justiça do desfecho, mas apresentando razões diferentes para o justificar. Neca enaltece os seus jogadores, Luís Campos acusa a sua equipa de ter medo.

Neca estava feliz e não o escondia. Acabara de eliminar um adversário da I Liga e quase desenhou uma vénia ao recordar um dos momentos do jogo. «É preciso tirar o chapéu ao golo do Paulo Torres», disse. Certo de que o Gil Vicente, eliminado, não merecia uma desvantagem «tão expressiva», o treinador do Penafiel considerou, contudo, que a sua equipa mereceu a festa. 

«Na primeira parte, o jogo foi disputado com entusiasmo tanto de um lado como do outro», reconheceu Neca. «Fomos uma equipa bem organizada e, nos primeiros 15 minutos, tivemos duas ou três oportunidades, mas faltou concentração para marcarmos». Mas as falhas seriam corrigidas mais tarde. «No intervalo», conta, «disse aos jogadores para manterem a mesma atitude, porque poderíamos ganhar». E assim aconteceu: «Sofremos um golo esquisito, mas depois os jogadores do Penafiel souberam reagir e foram excelentes». 

Luís Campos, derrotado no regresso a Penafiel, dava «os parabéns» ao adversário, mas tinha outras razões para explicar o desfecho «Tínhamos o jogo praticamente controlado, mas a expulsão do Casquilha condicionou tudo o resto», disse. «Ainda para mais, logo a seguir sofremos o 2-1. Depois arriscámos e sofremos o 3-1». 

O treinador não punha em causa a justiça do afastamento, mas tinha uma crítica, implícita, para fazer aos seus jogadores. «Quem tem medo não pode andar no futebol», acusou.

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