Ouro para os Dragões Chainho e Deco

28 nov 2000, 15:10

Entrega dos prémios é logo à noite Chainho será o atleta e Deco o futebolista do ano. O F.C. Porto vai homanagear dois dos seus profissionais de futebol mais emblemáticos, numa festa que exibe o orgulho que o clube tem em cada um deles. E que eles, obviamente, agradecem.

Chainho não gosta da fama. Sorri quando lhe dão os parabéns após uma exibição convincente, brinca quando os jornalistas o convocam para conversas que não recusa, mas assume com uma mesma atitude tímida. É modesto e talvez por isso vá receber esta noite o Dragão de Ouro destinado ao atleta do ano do F.C. Porto, um prémio para um comportamento profissional irrepreensível. 

O médio encolhe os ombros e prepara a gargalhada. Está bem disposto. Como sempre, de resto. «É o ponto mais alto da minha carreira», revela, procurando filtrar as palavras para transmitir com exactidão tudo o que pensa. «É um grande orgulho» que ainda hoje o surpreende. «Não estava à espera», confessa. «Estou no F.C. Porto há quase três anos, mas não contava que surgisse um prémio destes tão cedo». 

A notícia chegou-lhe num dos diversos estágios que já integrou. «Soube pela minha mulher, que ficou ainda mais feliz que eu», recorda com novo sorriso. «Eu fiquei contente por saber que as pessoas reconhecem o meu trabalho». O prémio, contudo, deve alargar-se a todo um plantel. Chainho não esquece que é apenas parte de um grupo igualmente empenhado em ter sucesso. «Acima de tudo este é o reconhecimento pelo bom trabalho que toda a equipa do F.C. Porto está a desenvolver», refere. 

Agora é hora de brilhar. Chainho não morre de amores por homenagens individuais, mas mentaliza-se com boa disposição. Logo, mais à noite, no Casino da Póvoa de Varzim, entrará para a história o F.C. Porto. Um momento para perpetuar na memória. «Até já comprei um fato novo para levar». Sempre as gargalhadas. 

Deco: «É muito gratificante» 

Deco receberá o Dragão de Ouro para o futebolista do ano. A magia de uns pés refinados e o requinte em cada passe justificam o prémio. O brasileiro é um dos indiscutíveis do F.C. Porto e confirma uma preponderância inatacável semana após semana. Os adeptos veneram-no. 

«É muito importante receber este troféu», explica, «é a prova de que estou a desenvolver muito bem o meu trabalho e que as pessoas do clube reconhecem isso mesmo». Esta homenagem pode ajudá-lo a esquecer os maus momentos que tem passado nas Antas, nomeadamente aqueles que dizem respeito aos diversos problemas com lesões que o apoquentaram. «Acaba por ser gratificante depois de tudo aquilo que já vivi no F.C. Porto», afirma. 

Esta temporada, de resto, está a revelar-se muito menos insegura em termos físicos. «Está tudo a acontecer com naturalidade», concorda, evitando no entanto traçar diferenças entre o trabalho que está a ser desenvolvido nesta época e o anterior. «É verdade que já não tenho os problemas que tinha, mas isso é mérito das pessoas que trabalham diariamente no clube. Ainda bem que no meu caso tudo continua a bater certo».

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