F.C. Porto-Marítimo, 1-0 (reportagem) O treinador do F.C. Porto não gosta do termo e diz que a sua equipa tem direito a ter um jogador assim.
José Mourinho é prático e objectivo: «Só pelo facto de ter sido uma vitória totalmente indiscutível, o mérito tem de nos ser atribuído e não podemos falar em exibição menos conseguida», começou por dizer o treinador do F.C. Porto, visivelmente satisfeito pelo triunfo frente ao Marítimo.
Mas as dificuldades foram algumas por culpa do adversário, que abdicou do ataque para defender com unhas e dentes: «Jogo extremamente difícil, porque o Marítimo colocou-nos dificuldades. A jogar em casa, uma equipa que marca cedo costuma marcar mais golos, mas o adversário não abdicou da sua filosofia», adiantou.
O técnico portista gostou como a sua equipa actuou no seu reduto mais recuado, apesar de o opositor ter praticamente desistido do ataque: «Defendemos muito bem quando o Marítimo saía com a bola nos pés. Pressionámos de forma muito eficaz», reconheceu, salientando ter sido «importante conseguir os três pontos», que colocam o F.C. Porto na liderança, embora à condição. «Não fizemos um jogo muito bonito, mas foi eficaz».
Mais uma vez, José Mourinho não gostou do termo Decodependência e teceu um comentário igualzinho ao de Baltemar Brito, após o Boavista-F.C. Porto: «O Deco é jogador do F.C. Porto. Não é do Boavista nem do Real Madrid. É nosso e temos direito à Decodependência. Quem quiser a Decodependência tem de a comprar», disse sobre o futebolista que marcou a diferença e marcou o único golo do encontro.
Por último, José Mourinho disse que vai poupar alguns jogadores na deslocação ao Leste, onde vai defrontar o Polónia Varsóvia. Os futebolistas que, à partida, sejam convocados para as respectivas selecções não devem ser chamados: «Devem ser os casos do Jankauskas, do Costinha, do Nuno Valente, do Capucho e do Paulo Ferreira. Mas não podemos descansar nesse jogo porque o futebol português precisa de bons resultados na Europa», afirmou.
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