Apesar dos 3773 casos registados hoje, o número de internados em Cuidados Intensivos e nas enfermarias caiu abruptamente devido à vacinação. Comparando com o mesmo dia do ano passado, com número de novos positivos muito semelhantes aos atuais, se agora só 1,4% vão parar às enfermarias, em 2020 essa percentagem situava-se nos 4,6%
Portugal tem menos 80% de internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), enfermaria e mortes do que tinha há precisamente um ano, altura em que se registavam números de novos casos semelhantes aos que a ministra Marta Temido anunciou esta quarta-feira, 24 de novembro.
Apesar de o número de infetados com covid-19 registados hoje serem muito semelhantes aos verificados no mesmo dia 24 de novembro do ano passado (3919), o cenário é muito diferente. Agora, com quase 90% da população vacinada, há 105 doentes internados em UCI, quando, em 2020, havia 500, o que representa uma queda de 80%.
Já em relação ao número de doentes em enfermaria, a diferença é ainda maior: passou-se de 3725 internados em 2020, para 681, ou seja, menos 82%. No que se refere aos mortos, se em novembro do ano passado, e com números muito semelhantes aos atuais, foram registados 85 óbitos, agora faleceram 17 pessoas.
A diferença do impacto da covid-19 nos portugueses antes e depois da vacinação é ainda mais notória quando se compara os números de casos ativos. No dia 24 de novembro do ano passado havia os 80.432 casos de Covid-19 e hoje há 48.032. Tendo em conta os dados relativos aos doentes que tiveram de recorrer aos hospitais, conclui-se que o ano passado 0.6% dos casos iam parar às Unidades de Cuidados Intensivos, e agora só 0,2% dos infectados estão nesses serviços para doentes mais graves.
A probabilidade de ser internado numa enfermaria também sofreu uma descida abrupta: hoje as pessoas nestes serviços hospitalares são 1,4% dos casos activos de Covid-19 em Portugal; em 2020 representavam 4,6% dos casos.
Em Portugal, 87% dos cidadãos têm vacinação completa, As crianças dos 5 aos aos 11 anos, não podem ser vacinadas, sendo esperada a qualquer momento uma decisão da Direcção-geral de Saúde. Este organismo apenas aguarda a posição da Agência Europeia do Medicamento. Tirando esta faixa etária, em todas as outras a taxa de vacinação completa situa-se acima de 87%
