Atienza não pôs os pés no Bessa César Atienza ignorou o ultimato do Boavista, que o obrigava a apresentar-se no Bessa até ao final da tarde de hoje. João Loureiro, que fala do tema como um «caso menor», confirmou a queixa à FIFA
O Boavista vai cumprir a ameaça formulada a César Atienza, depois de o jogador ter ignorado o ultimato que o obrigava a deixar o Bétis e a apresentar-se até ao final da tarde de hoje no Bessa. Os serviços jurídicos do Boavista elaboram agora uma queixa a enviar à FIFA, dando conta da transferência que o clube do Bessa considera irregular e sustentada num processo inválido conduzido pelo empresário Daniel Muñoz e pelo Mérida, clube a que os axadrezados haviam cedido o jogador até ao final da época.
João Loureiro, que deixou o estádio já a princípio da noite, confirmou a intenção de recorrer à FIFA, esclarecendo que o Boavista adoptará as medidas com as quais endereçara a segunda notificação a Atienza e recusando-se a alongar-se sobre o tema: «O César é um assunto menor. É importante, mas só para o Bétis e para o empresário do jogador».
Mesmo estando de folga, Atienza ignorou o ultimato do Boavista e não se apresentou no Bessa durante o dia de hoje. O jogador, seguro de que a razão lhe assiste, permaneceu em Sevilha, onde amanhã à noite vestirá a camisola do Bétis, defrontando o Valladolid no jogo de apresentação da equipa sevilhana aos sócios. No fim-de-semana já havia participado no Troféu Columbino, em Huelva, com o Las Palmas por adversário.
Com o certificado internacional retido na sede da Federação portuguesa, os verdadeiros problemas de Atienza começarão nos primeiros pontapés oficiais da época. A Liga espanhola arranca no dia 3 de Setembro, altura em que Atienza e o Bétis esperam estar na posse de um comunidado capaz de eliminar o impedimento. Em jogada de antecipação, os sevilhanos enviaram uma exposição à FIFA, com uma declaração inclusa do jogador a dar conta da sua vontade de permanecer no Bessa.
O caso arrasta-se desde 31 de Julho, altura em que o Mérida, que não terá exercido o direito de opção sobre o jogador na véspera, atrasando-se no pagamento da primeira de duas prestações no valor de 30 mil contos cada, vendeu os direitos desportivos do jogador ao Bétis, sem dar conta da transferência ao Boavista, que detém o passe de Atienza e foi entretanto abordado pelo Salamanca, tomando conhecimento da existência de um pré-acordo com César que o deveria conduzir ao Helmântico, a troco do depósito de 120 mil contos nos cofres do Bessa.
