Sem medo da retaliação boavisteira César Atienza desconhece a notificação que o obriga a apresentar-se no Bessa até segunda-feira e, encantado com Sevilha e com o clube, garante que não deixará o Bétis, pouco se importando com as consequências
César Atienza continua a fazer ouvidos moucos às exigências do Boavista. João Loureiro ameaça levar o caso à FIFA, se o médio espanhol não se apresentar no Bessa na próxima segunda-feira, mas o jogador mantém-se tranquilo. Em Sevilha, Atienza continua a treinar no Bétis, camisola com que esta noite defrontará o Las Palmas, em Huelva, num encontro de carácter particular. Regressar ao Porto não faz parte dos seus planos.
«Não sei de nada disso nem recebi qualquer notificação através de quem quer que seja, mas, como já disse, estou muito tranquilo, a trabalhar com gosto e daqui não penso sair», diz o jogador. «O meu empresário nada me disse. Estou muito tranquilo», insistiu Atienza, seguro de que a razão lhe assiste. «Não penso nessas coisas, estou um pouco à margem dessa polémica», retomou, sereno, o assunto, deixando perceber que não corresponderá à exigência boavisteira. «Não faz parte dos meu planos viajar para o Porto na segunda-feira», garante.
O braço de ferro está para durar: o Bétis alega ter adquirido os direitos desportivos de César Atienza ao Mérida, clube que, segundo os seus responsáveis, exerceu o direito de opção sobre o Boavista. No entanto, os axadrezados negoceiam a transferência do médio para o Salamanca, pois, de acordo com o presidente João Loureiro, o Mérida não cumpriu com o pagamento da primeira de duas prestações de 30 mil contos na data prevista.
«Assinei pelo Bétis e quero continuar aqui», continua Atienza. «Espero que o meu certificado chegue depressa. Se não o enviam, vão ter de dar-me um provisório, pois estou muito contente com os meus companheiros de plantel e não penso sair. Estou muito satisfeito na cidade de Sevilha e, sobretudo, feliz por representar um clube impressionante».
