Jaime Pacheco adivinha problemas

26 ago 2000, 17:05

Boavista acautelado sobre Leiria e Vorskla Poltava Depois do sucesso em Gales, frente ao Barry Town, Jaime Pacheco prepara-se para o União de Leiria, na segunda-feira. Depois virão os ucranianos.

Os duelos apresentam-se duros. Duríssimos. Não só pelo valor dos adversários, mas sobretudo pela carga psicológica envolvente. Duas equipas, duas recordações sombrias. De um lado, o União de Leiria, para o campeonato, do outro o Vorskla Poltava, a contar para a Taça UEFA. O primeiro venceu no Bessa, na época passada (1-0), o segundo é ponte perfeita para os ucranianos do Shaktior Donetsk, que eliminaram o Boavista dos confrontos europeus. Já lá vão quatro anos... 

Jaime Pacheco procura afastar-se das recordações menos positivas, mas vai dando o alerta. Percebe-se que o treinador axadrezado espera algumas dificuldades no jogo de segunda-feira, frente à equipa orientada por Manuel José: «O União de Leiria tem a vantagem de possuir um conjunto que já joga junto há algum tempo. Só não quero uma arbitragem idêntica há do ano passado», recordou o técnico, aludindo ao trabalho de Martins dos Santos. 

A estratégia será a mesma de sempre, mas os protagonistas poderão ser outros. Ideia chave: não há intocáveis no onze do Boavista. «Jogar bem não invalida fazer uma ou outra alteração, mesmo que esteja satisfeito com os meus atletas. Além do mais, tenho todo o plantel à disposição», afirmou, pois já pode contar com Rogério e Geraldo e, muito possivelmente, com Gouveia. Já agora, Litos recuperou de uma dor muscular no gémeo interno da perna direita e será opção. 

Mais dificuldades 

As informações sobre o Vorskla Poltava não abundam. Apenas se sabe o essencial: disputou sete jogos para o campeonato ucraniano e sofreu outras tantas derrotas. À partida, a estatística é animadora, mas o treinador do Boavista não entra em euforias, porque a Taça UEFA é uma competição rica em surpresas. «Não vamos jogar no campeonato deles, se não estaria tranquilo», destacou. 

E sem perder o fôlego teceu algumas considerações: «Será uma equipa difícil a todos os níveis, essencialmente por três motivos: desconhecemos o nosso adversário; temos de fazer uma viagem longa; e iremos lutar contra condições climatéricas diferentes. Não conheço nada sobre o Vorskla Poltava, mas estamos a planear uma observação. Iremos à Ucrânia, mas não serei eu a fazer a viagem», afirmou Jaime Pacheco, dando a entender que será o seu adjunto, Vítor Nóvoa, a preencher o seu livro de apontamentos.

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