«É mais fácil jogar à bola e marcar golos do que cantar», diz Nuno Gomes

14 nov 2002, 17:53

Jogadores encarnados cantam em CD dos Diabos Vermelhos Alguns jogadores do Benfica participaram na gravação do novo CD dos Diabos Vermelhos.

Cantar pode parecer ser mais fácil do que jogar futebol. Mas essa não é a opinião de Nuno Gomes. O jogador do Benfica participou esta quinta-feira na gravação de algumas músicas do CD de comemoração dos 20 anos da claque Diabos Vermelhos com alguns dos colegas de equipa. Cantaram e quase encantaram.

Começaram tímidos e desafinados, mas, depois de tomarem o gosto, e feitos os arranjos necessários, ninguém diria que se tratava de Nuno Gomes, Simão Sabrosa, Sokota, João Manuel Pinto, Éder, Roger, Nuno Santos e até Petit, que apesar de ter sido operado ao maxilar recentemente, deu o seu contributo, embora mais na presença do que na voz. Filipe Gaidão e Mariano Velasquez, da equipa de hóquei em patins, foram os representantes daquela modalidade, porque a claque não é só do futebol.

Bastou cerca de uma hora. Ajudados por alguns membros dos Diabos Vermelhos, dois ou três ensaios em cada canção foram suficientes para passar à gravação. A tarefa pareceu fácil, mas quando deixaram o estúdio todos traziam um certo ar de alívio. E será mais fácil cantar ou marcar golos? «Marcar golos não é fácil, por vezes os mais facéis são os que falhamos, mas cantar não é a minha vocação», revelou Nuno Gomes depois de gravados os refrões das três músicas que contam com a participação dos craques encarnados: «Diabos nunca te falham», «Benfica és a nossa fé» e «Alguns não sabem».

De cachecol ao peito, a entoarem os habituais «gritos de guerra» ouvidos nos estádios, por momentos os papéis pareciam invertidos e os jogadores faziam lembrar um grupo de adeptos fervorosos. «Seria difícil trocarmos de papéis. Mas acredito que os adeptos às vezes tenham vontade de entrar para dentro do campo para substituir-nos», afirmou Nuno Gomes que prefere, sem dúvida, usar os pés do que a voz. «É mais fácil jogar e marcar golos porque é a minha profissão», justificou. Para o ex-jogador da Fiorentina, as claques têm um papel importante durante os jogos e, nesse aspecto, a Superliga é semelhante ao Calcio. «Portugal está um pouco parecido com o que se passa em Itália, onde quase todos os clubes têm claques e isso é muito importante».

Ao contrário de Nuno Gomes, Filipe Gaidão afirma que «cantar é mais fácil do que marcar um penalty no hóquei». Para o hoquista «todos desafinaram e todos afinaram». O que conta é a intenção: «O mais importante é termos dado o nosso melhor. Pelo nosso esforço e pela nossa vontade vai ficar bem de certeza».

O CD dos Diabos Vermelhos sai a 25 de Novembro e conta com 11 músicas, três das quais com os refrões cantados pelos jogadores encarnados.

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