Treinador do F.C. Porto confia na experiência dos jogadores O treinador do F.C. Porto sabe que o jogo de amanhã com o Anderlecht vai ser «muito complicado», mas confia na experiência dos seus jogadores. Na primeira prova de fogo para sua equipa, a palavra-chave é confiança.
Sem medo das responsabilidades. Fernando Santos, o treinador do F.C. Porto, considera que o grande trunfo da sua equipa, na eliminatória diante do Anderlecht para discutir o acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, poderá residir na experiência dos seus jogadores neste tipo de jogos: «Tenho a certeza que não vai ser por falta de entrega que poderemos falhar. Os meus jogadores estão serenos, sabem que este vai ser um jogo muito complicado, mas também sabem que neste clube tem que se jogar para ganhar».
Na perspectiva do treinador do F.C. Porto, não faz sentido apontar favoritos neste tipo de eliminatórias: «Quando é a eliminar, a indeterminação ainda é maior. Os jogos em sistema de grupo têm outras características, o que conta são os pontos. A duas mãos, é essencial fazer um bom resultado no primeiro jogo, mas também sabemos que mesmo ganhando amanhã, nada ficará decidido...»
Neste quadro, Fernando Santos prefere antever o confronto com o Anderlecht no todo da eliminatória: «Entre ganhar amanhã e ganhar a eliminatória, sinceramente, prefiro só ganhar a eliminatória. Isso é que é importante...»
Estratrégia guardada no cofre-forte
Em segredo, quase até à hora do jogo, ficará a equipa inicial do F.C. Porto. Fernando Santos não deixou qualquer dica, nem mesmo em relação à estratégia a ser adoptada: «Não convém falar disso agora. Certo é que vamos tentar montar a melhor estratégia a defender e a atacar. O resto, sabem amanhã...»
Ainda sobre o sistema de jogo, o treinador do F.C. Porto voltou a abordar a questão de Jardel. Sem o «matador» brasileiro, como funcionará o ataque portista? Fernando Santos deixou tudo em aberto: «É claro que sem o Jardel, poderemos ter algumas alterações na nossa forma de jogar: por vezes, com um homem à frente, outras com dois... Já disse que prefiro falar em modelos de jogo e não em sistemas. Não concordo muito com isso do 4x3x3, 4x4x2... Cada situação necessita de adaptações, mas há que encontrar modelos de jogo».
Uma coisa, porém, é já certa: o F.C. Porto não vai jogar com três centrais: «Não sei onde é que alguém foi buscar essa ideia. Nunca joguei assim, nos quatro jogos que já fizemos não adoptámos esse sistema... Só porque em dez minutos num treino uma das equipas actuou assim não faria sentido que isso fosse uma hipótese plausível. Já fizemos 46 treinos esta época, dez minutos não me parecem suficientes para experimentar seja o que for...»
