O Leixões passou e o povo saiu à rua

30 ago 2002, 00:36

A noite em que Matosinhos se sentiu no centro da Europa A vitória na Macedónia foi histórica e os matosinhenses responderam em massa. Euforicamente.

Loucura. Uma autêntica loucura. A qualificação do Leixões, após a vitória na Macedónia, pôs Matosinhos em estado de festa total. O povo saiu à rua e expressou a sua alegria, numa mar de gente que invadiu as ruas do concelho nortenho.

A festa foi rija e promete durar até às tantas. Pelo menos, até cerca das cinco da manhã, hora prevista para a chegada da comitiva leixonense ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Poucos minutos depois do final da partida de Strumica, as pessoas rumaram até à zona que circunda a Câmara Municipal de Matosinhos. Em pouco tempo, as principais artérias da cidade encheram-se de carros. A festa teve duas cores: vermelho e branco, pois claro. Muita gente passeava-se equipada a rigor ¿- com a camisola do Leixões. Outros, mesmo sem a camisa do clube do coração, escolheram as peças de roupa com um vermelho dominante.

Se ainda houvesse dúvidas que o Leixões era um clube do povo, tirou de certeza todas as dúvidas. A alegria das pessoas era contagiante: «É a maior alegria da minha vida! Fiquei ainda mais contente do que quando chegámos à final da Taça», referiu José Machado Soares, sócio do Leixões «há 25 anos».

A comparação com a passagem à final da Taça faz sentido: de facto, esteve nesta noite de quinta-feira ainda mais gente do que quando o Leixões conseguiu o passaporte para a final do Jamor. Disseram os mais velhos que «tanta gente como agora depois de uma vitória do Leixões só há 14 anos, quando conseguimos a subida de divisão».

As manifestações de alegria foram das mais variadas: muitas palmas e «olés» ao Leixões, bombos e até batuques. Um automóvel inicialmente branco exibia, pintado de fresco, um acrescento com letras vermelhas que dizia «A primeira equipa da II Divisão B a passar uma eliminatória». O nome «Leixões» foi gritado das mais diversas maneiras, até mesmo numa variante encurtada de... «Xõõõõõeees»! E, claro, muita bebida para regar a festa e refrescar os espíritos. É que a noite vai ser longa e até às cinco da manhã há que aguentar as gargantas.

A festa do «Senhor de Matosinhos» foi, por isso, reeditada, um mês depois do seu tempo normal. Com o fôlego que a equipa de Carvalhal está a mostrar, quem sabe se não para repetir em breve?

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