Categoria de Bruno Fernandes e frieza de Dost
Figura: Bruno Fernandes, o maestro
Permita-me, caro leitor, começar pelo golo. Que categoria! A classe com que o capitão do Sporting levantou a bola sobre Bruno Brígido diz praticamente tudo sobre a sua qualidade. É raro um desenho ofensivo do Sporting não passar pelos seus pés. Tanta baixa para receber como ataca a profundidade para finalizar como provou no golo. Ameaçou o bis numa entrada de rompante e bem que o merecia. Não parece descabido dizer que é o jogador em melhor forma nos leões.
Momento: 56’ Mathieu rouba possível empate
Pouco ou nada havia para contar na segunda parte até ao corte precioso do francês. Luís Machado fugiu de Coates e tentou a assistência para Edinho – ficava só com Salin pela frente. Eis que surgiu Mathieu, qual bombeiro, a deslizar e a evitar que a bola chegasse ao avançado fogaceiro. Quatro minutos volvidos, Dost arrumou a questão da passagem à final four. Não é preciso escrever mais nada para descrever a importância do lance.
A crónica da goleada do Sporting na Feira
Outros destaques:
Brígido: a noite em que provou por que razão Nuno Manta decidiu relegar Caio Secco para o banco. Sofreu quatro golos é verdade, mas evitou outros tantos. Apresentou reflexos impressionantes – a defesa a cabeçada de Bruno Fernandes é prova disso mesmo -, mostrou coragem para sair aos pés de Diaby e mostrou-se felino entre os postes – notável a intervenção a travar a cabeçada de Dost. O melhor do Feirense, o que diz muito do jogo.
Raphinha: depois de quarenta e cinco minutos em Guimarães, a titularidade na Feira. Bastaram cinco minutos para voltar a provar que tem mais que qualidade para roubar o lugar a Nani ou Diaby. A forma como tira Bruno Nascimento do lance antes de inaugurar o marcador é sintomático do drible fácil e desconcertante que possui. Foi substituído quando o jogo estava resolvido.
Tiago Silva: foi o autor do golo do Feirense o que por si só poderia merecer uma chamada de atenção. Todavia, o «dez» fogaceiro é o homem a quem Manta Santos confia a batuta. Os colegas movem-se conforme o que Tiago imagina e hoje não foi diferente. Tirou vários cruzamentos perigosos, mas os restantes homens fogaceiros não lhe deram o melhor seguimento. Manchou a exibição razoável com um vermelho direto nos últimos minutos.
Bas Dost: passou o jogo quase todo a ganhar duelos aéreos e a travar uma luta desigual com Bruno Nascimento e Philipe Sampaio. A ação mais importante em toda a primeira parte, por exemplo, foi um corte em cima da linha. Contudo, quando foi preciso fechou as contas do jogo com a frieza habitual.
