Gil Vicente-Benfica, 0-2 (crónica)

25 mai 2003, 23:33

Venceu a única equipa que tentou O Benfica dominou e libertou-se da «teia» montada por Vítor Oliveira. A atitude fez a diferença.

O Benfica regressou às vitórias, num jogo em que foi praticamente a única equipa em campo. Um triunfo incontestável que, porém, não foi fácil, dado que teve pela frente um adversário duro. Não pela sua qualidade ou ousadia, mas pelo facto de ter optado por uma estratégia de não deixar jogar. O que não foi bom para o espectáculo e acabou por revelar-se perfeitamente inútil.

A primeira tarefa do Benfica era sair da teia montada pelo treinador do Gil Vicente, que ordenou a sua equipa de forma a não conceder espaços aos elementos mais perigosos do Benfica. Apostou num meio campo forte e conseguiu, pelo menos durante a primeira meia hora de jogo, «segurar» um adversário que pareceu surpreendido com a falta de espaço que lhe foi concedida.

Aos poucos, porém, a supremacia do Benfica veio ao de cima. Não só pela criatividade dos seus jogadores, mas sobretudo pelo seu esforço e inconformismo. As diferenças qualitativas entre os dois plantéis são óbvias, mas o segredo, por vezes, está mais na atitude do que na qualidade.

Simão foi talvez o rosto mais visível de um Benfica determinado a vencer num jogo em que já nada havia para ganhar. E por isso foi com toda a justiça que o «número 20» fez o primeiro golo dos «encarnados». Merecido e revelador do que estava para vir.

No segundo tempo, o ascendente do Benfica tornou-se por demais evidente e nem as alterações levadas a cabo por Vítor Oliveira conseguiram dar mais «garra» a uma equipa que foi demasiado medrosa, quando se exigia ousadia. A equipa de Camacho marcou o segundo, num lance em que Roger teve demasiadas facilidades e o Gil Vicente percebeu finalmente que tinha de fazer alguma coisa.

Lary ainda teve alguns rasgos de ousadia, mas não tinha pela frente uma defesa «mole», pelo que acabou por não ser bem sucedido. O Gil Vicente entrou no jogo demasiado tarde e quando finalmente quis fazer alguma coisa, já não teve tempo nem força. Quem pouco arrisca, sujeita-se a perder e foi isso que aconteceu à equipa de Vítor Oliveira. Um castigo mais do que justo.

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