A semelhança de nomes é pura coincidência Não tem nada a ver com o clube de Aveiro, que continua a efectuar uma das melhores épocas de sempre. Esta é uma história que está a apaixonar o Brasil, com o traficante de droga Fernandinho Beira Mar a ser preso depois de ter fugido da prisão em 97.
A coincidência do nome não passa disso, mas será curioso estudar o impacto dos nomes em dois países diferentes, mas que falam a mesma língua.
Beira Mar tem significados, e sobretudo impacto, diferentes em Portugal e no Brasil. Se por cá surge conotado ao clube de Aveiro, que está a realizar uma das melhores épocas de sempre, no outro lado do Atlântico é razão para fazer tremer todo o sistema judicial brasileiro.
Fernandinho Beira Mar é um dos maiores traficantes de droga em todo o mundo e uma figura temida no Brasil. O «dossier Beira Mar» é, por isso, um dos mais apaixonantes e decisivos no presente ano, mas que está à beira de um final feliz, pelo menos na perspectiva dos que pugnam pela justiça.
Beira Mar foi preso no fim-de-semana, na Colômbia, e amanhã deverá chegar ao Brasil para cumprir os 11 anos e três meses de prisão que falta cumprir, dado que só cumpriu nove meses quando foi condenado a 12 anos em 1996. Em 97 fugiu do Estabelecimento Prisional pela porta da frente, com a ajuda de alguns polícias corruptos, e só voltou a ser encontrado no passado sábado.
Considerado um dos casos judiciais mais importantes em terras de Vera Cruz, o anúncio da sua prisão chegou a ter honras presidenciais, com Fernando Henriques Cardoso (Brasil) e Andrés Pastrana (Colômbia) a darem uma conferência de imprensa conjunta no Quebeque, onde os líderes estão a participar na reunião de comércio livre das Américas. Os agradecimentos e o apelos à coordenação para o combate ao tráfico de droga serviram de base para o discurso dos políticos, já com Beira Mar atrás das grades.
