Treinador-adjunto do Barcelona assume saída de Figo Para José Mourinho, a saída de Figo do Barcelona é irreversível. O treinador-adjunto do Barcelona analisa a situação, lamentando que Figo não tenha esperado pelas eleições do clube antes de decidir o seu futuro. Fala o profissional, a pensar já como investir o dinheiro que o Real Madrid pagará.
José Mourinho, treinador-adjunto do Barcelona, dá como certa a saída de Figo. E perante a situação fala mais alto a sua condição de profissional do clube catalão: «Agora temos de pensar como e onde aplicar o dinheiro da sua saída.»
Mourinho conta que nos últimos tempos tem sido solicitado por muita gente, que espera dele novidades sobre o seu compatriota. «As pessoas dirigem-se mais a mim porque pensam que eu sei mais alguma coisa, pensam que eu posso falar com ele», conta o treinador português. Mas Mourinho não falou com Figo durante todo este processo.
«A última vez que falei com ele foi quando terminou a época», conta, acrescentando, no entanto, que imagina os sentimentos de Figo. «Penso que ele por um lado deve estar contente, porque conseguiu um contrato melhor, mas por outro deve-lhe custar sair de um sítio onde era muito bem tratado.»
«Adivinho que as coisas se processaram no sentido de conseguir um contrato melhor e o processo acabou por se tornar irreversível com a vitória de Florentino Pérez nas eleições do Real Madrid», analisa Mourinho, considerando no entanto que talvez agora Figo esteja a repensar o que fez.
Rivaldo vai ser o grande beneficiado
«Deve ter percebido que se tivesse esperado pelas eleições as coisas iam-se resolver. Lamento que ele não tenha esperado», continua, dando o exemplo de Rivaldo, que também quer renegociar o seu vínculo com o clube, mas decidiu aguardar pelo desfecho do escrutínio de hoje: «O grande beneficiado vai ser o Rivaldo, que soube esperar.»
«Aqui as pessoas são muito orgulhosas, fazem do Barça mais do que um clube», continua Mourinho, a explicar os sentimentos «culés» sobre o processo de Figo. «Eu creio que ninguém chora por ele. As pessoas passaram da extrema paixão ao ódio.»
O sentimento não se estende, no entanto, à equipa do Barça. Os jogadores têm lamentado, nos seus discursos, a eventual saída de Figo, mas encaram o processo com normalidade, diz Mourinho: «A equipa já está habituada a essa e a outras situações. Os profissionais entendem isto.»
