Situação semelhante à de Setembro de 2001 Há um ano, os leões estavam também em posição precária. Mas já tinham a saída para o labirinto.
A 21 de Setembro de 2001, a equipa do Sporting estava mergulhada em dúvidas e contestação. Decorridas 5 jornadas da I Liga, a liderança de Laszlo Bölöni era posta em causa pelos adeptos e pela generalidade dos comentadores. Na Liga, o Sporting era o nono classificado, somava apenas sete pontos, correspondentes a duas vitórias, um empate e duas derrotas e nem a vantagem folgada no primeiro jogo na Taça UEFA (3-0 sobre o Midtjylland, na Dinamarca, que praticamente garantiam a passagem à segunda fase) devolvia confiança aos torcedores leoninos.
Ao fim de seis jogos com exibições hesitantes, Bölöni parecia ainda não ter encontrado um modelo táctico estável e, por entre lesões de elementos influentes (Sá Pinto e Pedro Barbosa acima de todos) e experiências a vários níveis, ainda não conseguira repetir um onze inicial nos seis jogos.
Se os pontos de contacto com a situação vivida actualmente parecem abundar, ressalve-se desde já as diferenças essenciais: há um ano, Jardel tinha acabado de chegar e já começava a pagar, com golos, o investimento da SAD. João Pinto começava a embalar para a melhor época da sua carreira. E Bölöni não tardaria a descobrir, no banco, um jogador que lhe daria enormes garantias defensivas para o resto da época ¿ Phil Babb. Ou seja, visto à distância, torna-se claro que os leões começavam então a assentar os traços de identidade para uma época de sucesso em todas as frentes.
O romeno ainda viria a hesitar algum tempo entre modelos com três ou quatro defesas, antes de, com a adaptação de Beto à direita, encarreirar defnitivamente para um sistema que viria também a beneficiar da explosão de Hugo Viana para alimentar na perfeição a fantástica dupla João Pinto-Jardel, que as posteriores lesões de Niculae e Sá Pinto viriam a tornar ainda mais incontornável.
