Moreirense-Nacional, 2-0 (crónica)

20 out 2002, 20:25

Vitória da eficácia contra as falhas na finalização Os madeirenses pressionaram mais, mas não acertaram na finalização. Os moreirenses foram eficazes.

O Moreirense venceu esta domingo o Nacional por 2-0, na primeira vez que a equipa minhota jogou diante do seu público em encontros a contar para a Superliga. Foi a vitória da eficácia e do futebol directo, perante um adversário que começou melhor o encontro no plano ofensivo, mas demonstrou muitas falhas na finalização. Um jogo bem disputado, com muita luta, mas sem grande qualidade técnica.

O Moreirense apresentou-se a jogar no seu habitual esquema (4x4x2). O técnico Manuel Machado utilizou o veloz Alex no meio-campo, suprindo assim a ausência de Vítor Pereira (castigado). Primo voltou ao onze, actuando como defesa-direito. No ataque, Demétrios e Armando foram os avançados de serviço e simplificaram as dificuldades da sua equipa. Por sua vez, Peseiro introduziu duas alterações no onze, em relação à última jornada em Leiria: apostou no espanhol Carlos Alvarez e em Ricardo Esteves. Rómulo e Ricardinho começaram o jogo no «banco». Os alvi-negros voltaram a usar o seu esquema habitual (4x1x3x2), com Tonanha e Serginho na frente de ataque.

E os madeirenses até deixaram bons indicadores iniciais, ao fazerem uso da sua velocidade para confundir os defesas adversários que demoraram algum tempo a acertar nas marcações. O golo do Moreirense surgiu na etapa inicial, mas contra a corrente do jogo. Armando apareceu solto na área a finalizar, depois de Serafim ter enviado a bola ao ferro da baliza de Carrapato. Um tónico importante para a sua equipa, que ainda se tornou mais aguerrida. O Nacional também espevitou com a desvantagem e criou bastantes oportunidades para marcar, mas Tonanha e Serginho voltavam a não acertar na baliza ou não conseguiam ultrapassar o destemido João. O domínio não era traduzido em golos e Peseiro desesperava no «banco» perante tal incapacidade.

Segunda parte menos emotiva

Em qualquer destes sistemas verificou-se que os técnicos não abdicaram de uma intermediária bem preenchida, mesmo no mais ousado, pelo menos em teoria, 4x1x3x2 do Nacional. Das bancadas o aspecto no terreno era esse. Ao intervalo, Peseiro lançou Ricardinho, um jogador que prometeu ser fabuloso, mas hoje não o foi. Estava a jogar bem até dar uma cotovelada a Primo. Expulsão directa e o evidente prejuízo da sua equipa.

O segundo golo do Moreirense foi conseguido no início da segunda parte, com Flávio Meireles a desviar de cabeça um remate sem direcção de Jorge Duarte, depois de Afonso Martins ter cobrado um livre em jeito curto. Antes, já o árbitro Martins dos Santos tinha chamado a si o protagonismo, ao não marcar um derrube claro de João Fidalgo sobre Demétrios dentro da área de rigor, mesmo no cair do pano da primeira metade. A segunda parte não foi tão emotiva como a primeira, mas o Moreirense mereceu os três pontos. A vontade de vencer foi superior. Privilegiou o colectivo, foi uma equipa capaz de imprimir um futebol mais directo e soube jogar (bem) com o factor casa e construir o resultado, para além de ter subido de produção ao longo dos 90 minutos, nomeadamente, no acerto táctico.

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