Sp. Braga-Nacional, 4-1 (crónica)

11 mai 2003, 20:13

Finalmente, a festa e os golos

O Estádio 1º de Maio recebeu esta tarde mais um jogo de futebol. E pela primeira vez, nesta temporada, foi possível ver as bancadas cheias. É certo que a entrada era livre, mas também é verdade que o público correspondeu com festa, muita alegria e animação. Por isso, o Sporting de Braga e o Nacional tiveram uma audiência de luxo.

Só que quem jogou em casa foi o Braga. Como que conscientes da necessidade de agradecer o apoio dos adeptos, os jogadores minhotos entraram em campo quase que transfigurados. Correram atrás da bola, mostraram-se confiantes e ¿imagine-se até marcaram quatro golos. A explicação para a passividade do Nacional, que até não entrou mal, mas desapareceu depois do segundo golo do Braga, veio mais tarde, na sala de imprensa, pela voz do próprio treinador. Durante a semana, o treinador alertara para algum excesso de confiança dos seus jogadores. ¿Eu avisei, mas às vezes nem a ralhar!¿, desabafou a propósito do comportamento dos seus jogadores.

Com um ¿onze¿ diferente do habitual, Jesualdo Ferreira entrou em campo com uma equipa bastante ofensiva. O técnico abdicou de um ¿trinco¿, deixando Barroso no banco, e alargou a frente de ataque com Wender e Arrieta. No meio-campo o ataque também era a palavra de ordem e a verdade é que em tarde inspirada Nuno Rocha, que marcou dois golos, e Lima, que contribuiu para alargar a vantagem, foram os senhores do jogo.

O Nacional, por seu turno, manteve a estratégia habitual, mas talvez não esperasse um Braga tão confiante. Durante os primeiros 25 minutos, os visitantes ainda causaram alguns transtornos, mas o terceiro golo dos bracarenses, encostou definitivamente a equipa do Nacional. No banco, José Peseiro desesperava. Aos 40 minutos, o treinador fez entrar Tonanha para o lugar de Alvarez e ganhou mais acutilância atacante.

Na segunda parte, os treinadores optaram por não fazer alterações. Moralizado pela vantagem o Braga continuou a pressionar e o Nacional continuava longe do jogo. Aos 10 minutos Lima marca o quarto golo, demonstrando a falta de concentração do adversário. Tonanha ainda marcou, mas o resultado estava feito. O Braga deu um passo importante na vitória e parece ter ganho também uma nova equipa. Mais equilibrada, mais jovem e, acima de tudo, mais confiante. O Nacional perdeu por culpa própria. E os adeptos que estiveram no 1º de Maio foram premiados com muitos golos. Coisa que há muito não se via em Braga.

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