Pode ter sido o empresário ou apenas coincidência Quando não existem respostas de quem as deve dar é normal que as dúvidas surjam.
Num dia era capitão da equipa principal, no outro estava «esquecido» na equipa B. Paulo Madeira ainda não conseguiu encontrar uma explicação para o que lhe aconteceu e várias hipóteses passam pela sua cabeça: «Não consigo compreender nem saber a razão para este tipo de tratamento. No futebol passa-se muita coisa que nem todas as pessoas compreendem. Por isso, foi mais uma dessas situações. Pode ter influenciado ser representado por Paulo Barbosa. Acho que as pessoas têm de distinguir as amizades do que se passa em termos desportivos. Tenho uma boa relação com o doutor Paulo Barbosa. Não fazia sentido desligar-me de uma pessoa por quem tenho muito respeito e da qual sinto orgulho por me representar. Se calhar, a determinada altura, o Benfica não quis que ele me representasse.»
Apesar de ter consciência de que podia ser prejudicado devido à sua ligação ao empresário, Paulo Madeira preferiu correr o risco e manter-se fiel ao que acreditava: «Achei por bem seguir a consciência daquilo que eu sou e que devo fazer. Achei que, mesmo sabendo que podia ser prejudicado por estar ligado a ele, fiz o que era melhor. É óbvio que isso podia ter-me prejudicado de alguma forma, mas não estou arrependido do que fiz.»
No fundo, o defesa parece não querer acreditar que este tipo de questões condicione a vida profissional de um atleta: «Não me leva a crer que haja jogadores a serem afastados por serem representados por determinados empresários. Na mente de muita gente, isso poderá passar-se. Quem anda no futebol sabe, não vou desvendar nada, que há determinadas situações que estão aos olhos de toda a gente.»
Quando não existem respostas de quem as deve dar é normal que as dúvidas surjam e as hipóteses povoem as mentes de quem não entende a razão pela qual a sua vida mudou. Por isso, os motivos podem ter sido estes ou aqueles ou talvez uma triste coincidência: «Não sei se são factores extra futebol ou não¿ Ou se até são coincidências. Tudo me leva a crer, e ponho isso na minha cabeça, de que será coincidência.»
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