Posições cada vez mais distanciadas
Ao contrário do que poderia pensar-se, a vitória do Benfica no derby do último domingo em nada contribuiu para melhorar as relações entre a equipa técnica dos encarnados e a actual Direcção. Ontem, em declarações à Rádio Renascença, o treinador principal, José Mourinho, já dera a entender que a situação estava longe de se encontrar pacificada, admitindo que embora o Benfica continuasse a ser a sua prioridade já olhava, «pelo canto do olho», para outras saídas: «Tenho condições para trabalhar e estas chegam-me principalmente do balneário (...) obviamente que quando começo a olhar para Junho ou Julho tento visualizar quais as opções caso não fique no Benfica».
Estas declarações foram entendidas como uma tentativa de esticar a corda, procurando exigir dos responsáveis encarnado uma clarificação acerca do papel que lhe estaria destinado no futuro, num contexto em que várias decisões a respeito do futebol encarnado foram tomadas sem passar pelo actual treinador.
Os regressos de Ricardo Esteves e Baião ao plantel, a contratação de André e, agora, a anunciada vinda de Roger, foram alguns desses momentos que contribuiram para este agudizar de tensões, que poderá culminar, nas próximas horas, com a ruptura definitiva. Por enquanto, é certo que José Mourinho vai orientar o treino desta tarde, na Luz.
