Treinador do Sporting quer mais serenidade
Augusto Inácio, treinador do Sporting, não gostou, frente ao União de Leiria, de ver a equipa cometer «muitas faltas, algumas delas estúpidas, sabendo ainda por cima que o adversário tem especialistas na cobrança de livres».
«Foi um dado novo para mim esta constatação. Precisamos de mais serenidade para não termos estas falhas», acrescentou Inácio, que em Leiria, ao contrário do que sucedera em Coimbra, gostou mais da equipa que jogou na primeira parte, composta por jogadores que não estão na primeira linha da corrida à titularidade.
O treinador leonino não quer valorizar resultados nesta altura da temporada - «não valorizei os 5-0 de Coimbra, não valorizarei agora este empate» - mas até encontra no desfecho deste encontro um ponto positivo: «Gostamos de ganhar sempre, mas também é bom pensarmos que não somos invencíveis.»
A chamada de Paulo Teixeira, jogador da equipa B, foi explicada pelo técnico no âmbito de uma observação contínua que pretende levar a cabo: «Apesar de termos um plantel extenso há algumas lacunas no meio-campo. Como temos uma equipa B devemos dar de vez em quando oportunidades para esta gente nova se mostrar. O Paulo esteve muito bem e há lá outros grandes valores. Seguirei atentamente a evolução da equipa B.»
A saída de Quiroga mereceu poucos comentários - «Estamos atentos e se tivermos de resolver esse problema vocês saberão na altura própria» - e a possibilidade de Paulo Bento ver reduzido o castigo da UEFA ao âmbito da selecção é vista, claro está, com muito bons olhos por Inácio: «Era bom para mim, para o jogador, para o Sporting. Se for verdade é uma excelente notícia.»
«Precisamos de ritmo» (Manuel José)
Manuel José, técnico do União de Leiria, justificou o facto de manter a equipa praticamente inalterável com a «necessidade de ganhar ritmo competitivo».
«Fizemos apenas uma alteração porque os jogadores precisam de tempo de jogo. O plantel é curto e por isso todos devem estar prontos a responder quando forem chamados. No próximo jogo, com o Beira-Mar, farei o mesmo, embora provavelmente com outro onze», disse Manuel José.
O treinador leiriense gostou de ver o União na segunda parte - «Fomos mais pressionantes e perigosos» - e registou com igual agrado que «a equipa durou até ao fim do jogo».
Se tiver que escolher um dos dois defesas-centrais que treinam à experiência em Leiria, Manuel José escolherá Eder, «mais tecnicista» que Taccola, que ontem até jogou mas é visto como «um atleta de características semelhantes às de Paulo Duarte», o que não é exactamente o que o União procura.
A porta, no entanto, não fica totalmente fechada para Taccola: «Vamos conversar. Ficar com três centrais é curto, é possível que tenhamos quatro.»
