Belenenses-Moreirense, 0-0 (destaques)

2 nov 2003, 18:04

Tarde «triste» no Restelo O nulo repartiu os pontos entre duas equipas que pouco futebol mostraram. Só o Moreirense podia ter marcado.

«Triste espectáculo»

Numa tarde de domingo, com o sol a brilhar, um relvado excelente e uma boa arbitragem, destacou-se muito pela negativa o futebol praticado pelas duas equipas dentro de campo. No Estádio do Restelo, Belenenses e Moreirense prometiam lutar pelos três pontos em jogo, mas nem uma nem outra equipa conseguiu encontrar soluções eficazes para o conseguir. Foram duas as reais oportunidades de golo na partida e ambas para o Moreirense. É verdade que a equipa de Moreira de Cónegos, sobretudo na segunda parte, mostrou mais vontade. Apesar de algum ascendente da equipa visitante, faltou muito mais do que golos neste jogo. As defesas até nem estiveram mal, evitando trabalho aos guarda-redes, que tiveram uma tarde tranquila, mas no centro do terreno trabalhou-se pouco e mal. A inspiração faltou também aos avançados que não conseguiram animar o «triste espectáculo».

Lima e Lito

Apesar do pobre espectáculo, os médios do Moreirense foram dos melhores em campo. Lima e Lito conseguiram desequilibrar com boas arrancadas e alguns cruzamentos. Lito esteve na primeira oportunidade, aos dez minutos de jogo. Depois de Demétrios falhar a intercepção a um excelente cruzamento de Manoel, o médio cabeceia em jeito, obrigando Marco Aurélio a esticar-se ao máximo para evitar que a bola entrasse por cima de si. Na segunda parte, foi Lima que, aos 73 minutos, criou a outra oportunidade para o Moreirense. O médio rematou em jeito, mas a bola embateu na trave e acabou por sair. O golo teria sido um prémio merecido para o jogador.

Belenenses sem meio campo

O meio-campo do Belenenses quase não existiu. Não houve ninguém a segurar a bola com jeito para distribuir jogo. Durante a primeira parte, Sané, que iniciou o jogo descaído para a direita, tentou ajudar no miolo do relvado, mas nada conseguiu. Na segunda parte, Leonardo entrou para seu lugar, mas o efeito que Manuel José desejava não surgiu na sua equipa. Pelé e Hélder Rosário erraram muito e perderam a bola vezes sem conta. Eliseu, não obstante algumas boas arrancadas, também não conseguiu desequilibrar. As entradas de Valdiram e Tuck nada trouxeram de positivo à equipa. Salvaram-se os centrais na defesa que, ao contrário do que vinham a fazer nos últimos jogos, até conseguiram uma exibição razoável.

Nuno Almeida

Ao contrário do jogo apresentado por ambas as equipas, o árbitro do Algarve não teve dificuldades para ajuizar o encontro. Mesmo com um futebol fraco, o juiz da partida, juntamente com os seus auxiliares, conseguiu contrariar o mau espectáculo proporcionado pelos jogadores, impondo a qualidade nas decisões durante os noventas minutos.

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