França proíbe venda de fogos-de-artifício por receio de novos tumultos durante feriado de 14 de julho

CNN Portugal , CNC
9 jul 2023, 16:01
Banguecoque, Tailândia (AP)

Decreto exclui profissionais autorizados e autarquias que estejam a organizar festejos para o feriado nacional francês

O governo francês proibiu a venda de fogos-de-artifício, este domingo, por receio de novos protestos violentos durante o feriado nacional do dia da Bastilha, a 14 de julho, em França, como aqueles que foram vividos durante os protestos contra a violência policial após a morte de Nahel, onde foram utilizados lança-foguetes, pedras e garrafas.

De acordo com o The Guardian, a primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, decidiu proibir a venda de objetos pirotécnicos para “proteger os franceses” e e para que, no caso de ajuntamentos, estes não possam ser utilizados contra as forças policiais.

Em entrevista ao Parisien, Élisabeth Borne afirma que são necessários “recursos maciços para proteger os franceses durante dois dias sensíveis" e que existem preocupações com a possibilidade de ocorrerem novos tumultos pouco tempo após os protestos ligados à morte do jovem Nahel.

"Os representantes eleitos e os residentes que encontrei no terreno estão, de facto, bastante preocupados com o feriado nacional e com possíveis novos incidentes", sublinha a primeira-ministra.

O decreto oficial publicado este domingo pelo governo especifica que "a fim de evitar o risco de graves perturbações da ordem pública durante as festividades de 14 de julho, a venda, o porte, o transporte e a utilização de artigos de pirotecnia e de fogo-de-artifício são proibidos em toda a França até 15 de julho inclusive".

O decreto entra em efeito imediato, no entanto, não inclui a venda destes objetos de pirotecnia a profissionais autorizados ou autarquias que organizem espectáculos de fogo de artifício para o feriado, reporta a CNN International.

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