875 detidos após nova noite de confrontos em França por causa da morte de Nahel

Agência Lusa , AG - noticia atualizada às 12:40
30 jun 2023, 07:01

Grande parte dos detidos são jovens entre os 14 e os 18 anos. Governo destacou 40 mil elementos das forças de segurança para controlar as ruas

Um total de 875 pessoas foram detidas durante a noite de quinta para sexta-feira na França, incluindo 408 em Paris e seus subúrbios, naquela que foi a terceira noite de violência urbana em reação à morte de Nahel M., assassiando a tiro por um polícia. Ontem à noite, um total de 492 edifícios sofreram danos, 2 mil veículos foram queimados e 3.880 incêndios na via pública foram ateados, segundo dados divulgados pelo presidente da República, Emmanuel Macron.

A maioria dos detidos idades entre os 14 e os 18 anos. "Estas detenções recorde refletem as instruções firmes dadas pelo ministro", declarou uma fonte próxima do responsável pela pasta do Interior, Gérald Darmanin, ao jornal Le Figaro.

A polícia recebeu "instruções sistemáticas de intervenção", escreveu o ministro, numa mensagem na rede social Twitter, na qual manifestou apoio às forças de segurança francesas "que estão a fazer um trabalho corajoso".

Por volta das 03:00 (02:00 em Lisboa), a situação em Nanterre, nos arredores de Paris, continuava tensa, pela terceira noite consecutiva, indicou o canal de notícias BFMTV, assinalando que polícia e bombeiros continuam no terreno.

Milhares de pessoas protestaram, na quinta-feira, em Nanterre, contra a morte do jovem de 17 anos Nahel, no mesmo dia em que o Governo francês anunciou o envio de 40 mil polícias para conter a violência no país.

A morte do jovem Nahel de 17 anos, num controlo de trânsito na terça-feira, captado pelas câmaras de vigilância, fez regressar a tensão entre jovens e a polícia nos bairros sociais em Nanterre, arredores de Paris, e noutros bairros desfavorecidos da capital francesa.

Os confrontos contra as forças de segurança surgiram logo na noite de terça-feira em Nanterre e, na madrugada de quinta-feira, foram danificados edifícios públicos e queimados carros, tendo sido detidas cerca de 150 pessoas.

O agente da polícia suspeito da morte do jovem, acusado de homicídio, foi detido e vai ficar em prisão preventiva.

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