Criador do Football Leaks arrola também diretor da PJ e outras personalidades do desporto e da política, entre eles Bruno de Carvalho e Francisco Louçã
A lista é extensa e envolve personalidades sonantes, do desporto à política. Rui Pinto, criador do Football Leaks, vai chamar 45 testemunhas em sua defesa, no julgamento que arranca no próximo dia 4 de setembro, no Campos da Justiça, em Lisboa, no qual responde por 90 crimes.
Entre os nomes arrolados para serem ouvidos está o denunciante e antigo analista dos sistemas da Agência de Segurança Nacional (CIA) dos Estados Unidos, Edward Snowden, que está exilado na Rússia. Foi responsável, em 2013, por revelar informações confidenciais e programas ilegais de espionagem a cidadãos americanos.
Outro dos nomes importantes é o diretor nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, além da antiga eurodeputada Ana Gomes, que sempre defendeu Rui Pinto e é a primeira da lista de testemunhas. Entre outros nomes com ligação à política está o ex-líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã e o ex-ministro Miguel Poiares Maduro.
No desporto, personalidades como o atual treinador do Benfica, Jorge Jesus, bem como o ex-presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, ou ainda Octávio Machado, são testemunhas arroladas na contestação assinada pelos advogados Francisco e Luísa Teixeira da Mota.
Nélio Lucas, ex-administrador da Doyen, fundo que foi um dos principais alvos das denúncias de Rui Pinto, também foi indicado. Entre outros nomes, estão ainda o jornalista e ativista cívico angolano Rafael Marques, o comentador desportivo Rui Santos e ainda o ex-vice-presidente da Direção da Transparência e Integridade, Associação Cívica, Paulo de Morais, que foi também candidato à Presidência da República.
Dos 90 crimes pelos quais Rui Pinto vai começar a ser julgado, 68 são de acesso indevido, 14 por violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, um por sabotagem informática à SAD do Sporting e ainda por tentativa de extorsão à Doyen.