Diretor executivo do SNS quer valorizar e cativar os profissionais

Agência Lusa , WL
12 dez 2022, 16:12
Fernando Araújo (DR)

Nova Direção Executiva do SNS foi formalmente apresentada esta segunda-feira

O diretor-executivo do SNS defendeu esta segunda-feira que os cerca de 150.000 profissionais que trabalham no Serviço Nacional de Saúde têm de ser valorizados, criando condições para poderem evoluir e conseguirem equilibrar a vida profissional com a vida familiar.

“Temos de conseguir valorizar estes cerca de 150.000 profissionais que integram esta equipa do SNS, que possuem uma formação única, altamente diferenciados no mercado global, muito competitivo”, disse Fernando Araújo no Ato Público de Apresentação da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), uma cerimónia presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, em que está também presente o ministro da Saúde, Manuel Pizarro.

Para Fernando Araújo, é preciso encontrar formas de “os cativar, criando condições de poderem evoluir, de se realizarem, de conseguirem equilibrar a vida profissional com a vida familiar, de terem, acima de tudo, paixão por trabalhar no SNS”.

“O que se pretende realmente com a questão da direção executiva do SNS, que é certamente a maior revolução no SNS desde a sua criação, é tornar o SNS mais inclusivo, mais justo, mais próximo, com mais acesso, mais eficiente e que os utentes e os profissionais confiem. Este é o SNS em que eu acredito”, salientou o médico.

Mudar sede dpara o Porto não traria nenhuma vantagem 

O diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, admitiu que há um problema de governança na saúde, mas sublinhou que “mudar a sede do poder” de Lisboa para o Porto não traria nenhuma vantagem ao Serviço Nacional de Saúde.

“Temos um problema de governança na saúde, é verdade, mas o nosso grande objetivo não é mudar a sede do poder, Lisboa para o Porto, porque isso não traria nenhuma vantagem ao SNS. Queremos é que as instituições, algumas que gerem mais de meio milhão de euros por ano, tenham uma capacidade diferente de decidir e também de ser responsabilizadas por esses compromissos”, afirmou.

Costa quer direção executiva do SNS a generalizar boas práticas

O primeiro-ministro considerou esta segunda-feira que é essencial que a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) generalize boas práticas, aumentando a igualdade de acesso ao sistema, e funcione 24 horas com gestão em rede e todos os dias.

Numa intervenção a seguir ao discurso do ministro da Saúde, Manuel Pizarro, o líder do executivo voltou a apresentar uma série de números sobre o aumento do investimento no SNS desde 2015 até ao presente. Mas, desta vez, em paralelo, também sustentou a tese de que o grau de exigência dos portugueses em relação aos cuidados de saúde aumentou, sobretudo “após o sucesso” no combate à covid-19.

“Uma condição fundamental para a confiança do cidadão, do utente, é existir a confiança de que, independentemente do local em que reside, possui acesso equitativo ao SNS. A condição de acesso não é só uma questão de equidade social, é também uma questão de equidade regional. As boas práticas que são identificadas e desenvolvidas numa região, ou num estabelecimento, devem ser generalizadas a todas as instituições”, frisou o primeiro-ministro.

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