«Não se lembram dos golos que fiz, lembram-se é da cena com o Deco»

16 abr 2020, 18:54
Jorge Andrade (AP)

Jorge Andrade relembrou a expulsão ao serviço do Deportivo da Corunha frente ao FC Porto

Jorge Andrade e Chaínho foram os convidados do programa «FC Porto em casa», que os dragões têm promovido nas redes sociais e que junta várias figuras do universo portista, quer do passado quer do presente.

Jorge Andrade foi questionado por um internauta sobre a expulsão que viu ao serviço do Deportivo da Corunha frente ao FC Porto, na meia-final da Liga dos Campeões 2003/2004, depois de uma situação com Deco. Uma pergunta que o próprio admite ser recorrente.

«Há sempre alguém que me fala sobre esse assunto. As pessoas não se lembram dos golos que fiz, das jogadas que fiz, lembram-se é dessa cena. Todos os dias acordo com esta pergunta. Fazia-se isso nos treinos e não havia qualquer tipo de problema, mas ali era um jogo. Devia ter sido mais prudente», reconheceu.

«Já faltava pouco tempo para acabar o jogo e aquilo decidiu um pouco o destino da nossa equipa, porque mexemos muito as peças para a segunda mão e todos os pormenores contam numa Champions. Como éramos ex-colegas pensava que o árbitro podia ter sido um pouco mais leve e ter levado aquilo para um amarelo», acrescentou.

Recorde aqui a expulsão de Jorge Andrade:

O antigo defesa-central recordou a saída do FC Porto para o Deportivo em 2002: «Alguém tinha de sair. O Pinto da Costa também soprou para eu ir embora. Não levo a mal, foi bom para mim em termos salariais e não fui para longe, eram só 300 quilómetros de distância. O Deportivo ganhou a Supertaça quando cheguei e isso deu-me muita motivação.»

Já Chaínho relembrou o penta campeonato conquistado pelos azuis e brancos, com os festejos no Estádio de Alvalade ainda antes da partida com o Sporting, depois de o rival Boavista ter empatado com o Farense.

«Um campeonato muito difícil, não é fácil estar quatro campeonatos a ganhar, mas sempre tivemos ambição. Foi muito difícil, suámos muito. Festejámos durante alguns segundos [antes do jogo com o Sporting], mas o Fernando Santos [treinador do FC Porto na altura] disse: ‘Isto ainda não acabou, temos a nossa honra’», recordou.

«Nunca mais me esqueço da chegada aos Aliados, fiquei um mês quase sem dormir a pensar naquilo. Fizemos a viagem com os adeptos atrás a apitar. Já sabia aquilo que o clube era, mas pensei: ‘O que é isto?’ São situação inexplicáveis. Foi uma festa impressionante, nunca mais me esqueço.»

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