Famalicão-Estoril, 1-1 (crónica)

Nuno Dantas , Estádio Municipal de Famalicão
17 dez 2023, 20:04
Famalicão-Estoril, jornada 14 da Primeira Liga (LUSA)

Futebol positivo, golos e emoção até ao fim. A ementa certa para matar a fome aos adeptos

Famalicão e Estoril empataram numa excelente propaganda ao campeonato português. O encontro teve quase todos os ingredientes que alimentam a fome dos adeptos. Futebol positivo, golos validados e invalidados, bolas no ferro, ocasiões flagrantes e emoção até ao último minuto. Não faltou quase nada a esta bela partida de futebol.

Num jogo vivo desde o primeiro minuto, Cassiano inaugurou o marcador bem cedo e colocou os canarinhos em vantagem. Ao quarto de hora, Jhonder Cadiz empatou para os locais e o marcador, apesar das muitas tentativas de um lado e outro, não mais se alterou.

Poucas mexidas nos onzes

Depois do empate em Portimão, João Pedro Sousa fez duas alterações para a receção à formação estorilista. Zaydou regressou à equipa em troca por Gustavo Assunção e Mihaj rendeu Otávio, que se sentou no banco de suplentes. Já Vasco Seabra, depois da goleada ao Chaves, protagonizou apenas uma mudança no onze, entrando Mateus Fernandes para o lugar Holsgrove.

Numa noite muito fria no Minho, o início aqueceu o coração dos adeptos e esclareceu todas as dúvidas a quem esperava um jogo entusiasmante. Depois de uma aproximação perigosa do Estoril, o Famalicão ficou perto do golo. Depois de uma primeira defesa de Marcelo Carné, a remate de Cadiz, Théo Fonseca recarregou para o poste. Logo de seguida, numa má reposição de bola de Luiz Júnior, Rafik Guitane deixou dois adversários para trás e atrasou para o remate certeiro de Cassiano.

Festa canarinha, a jogar de azul, que durou pouco tempo. Ao quarto de hora, Gustavo Sá apareceu no um para um com Bernardo Vital. O central levou a melhor, cortando o esférico, mas, na recarga, Jhonder Cadiz rematou para o empate. O golo fez acalmar a partida e só à passagem da meia hora voltou a ter motivos de interesse.

O avançado venezuelano do Famalicão não conseguiu emendar o passe de Francisco Moura à boca da baliza e Théo Fonseca, com a baliza escancarada, atirou para as nuvens. Na resposta, cinco minutos depois e após boa jogada coletiva, Cassiano apareceu na área a rematar para defesa de Luiz Júnior, guardião que ainda parou a emenda de Rodrigo Gomes.

Muita parra e pouca uva

Na segunda metade a toada de jogo manteve-se. O Famalicão tinha mais iniciativa, mas era controlada pelo Estoril que tentava o contragolpe quando tinha o esférico em seu poder. Para tentar mudar o rumo do desafio, Vasco Seabra foi o primeiro a mexer na equipa, trocando Cassiano e Raúl Parra por Marqués e Mangala. João Pedro Sousa respondeu levou a jogo Martin, Pablo e Dobre.

O jogo ficou vivo, mas o perigo chegava mais facilmente à baliza minhota do que à visitante. Numa rápida transição, os canarinhos ainda festejaram golo, mas o lance foi anulado por fora de jogo e confirmado pelo VAR. Com o tempo a correr para o fim, o jogo partiu-se e sentia-se que o golo podia cair para qualquer um dos lados.

Marqués, Heriberto e João Marques tiveram nos pés jogadas prometedoras para o Estoril, mas acabaram por desperdiçar. Do outro lado, foi Cadiz, já na compensação, a falhar a melhor ocasião famalicense. Empate justo, num jogo que todos queriam vencer.

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