Marcou ao Belenenses e ao Gil Vicente
O avançado Djalmir Vieira de Andrade chegou a Famalicão já com a época em
curso. Tem sido um jogador decisivo na Taça de Portugal e os golos
são uma espécie de cartão de apresentação. Nada melhor do que selar as
exibições com o sal do futebol e Djalmir procura-o, com o instinto que se impõe a
um goleador com «faro» pela baliza: golos, golos decisivos.
Ao Belenenses aplicou o «golpe fatal» e frente ao Gil Vicente bisou, arredando-os da prova. Curiosamente, antes do jogo com o Belenenses, o avançado brasileiro de
24 anos, que já passou pelo Sergipe e Cascavel (Estado do Paraná, II
Divisão), reclamou 80 por cento de hipóteses da sua equipa ultrapassar a
formação orientada por Marinho Peres. Hoje, numa ambição desmedida voltou a
apontar para os «80 por cento». Ainda tentámos esfriar tal percentagem
avassaladora, mas Djalmir, não vacilou nem por um segundo: «temos 80 por cento
de hipótese de vencer o Sporting em nossa casa. Não é à toa que David venceu Golias, o gigante», diz, acrescentando que «o Sporting não precisa de apresentações. Vemo-los a jogar toda as semanas e a responsabilidade de ganhar é deles».
O brasileiro define-se como um jogador «rápido», que «gosta de estar na
área», prometendo aplicar este dotes segunda-feira. Não conhece pessoalmente
nenhum jogador adversário, mas quando pronunciamos o nome de André Cruz, como
que saltou, literalmente: «Só conheço pela TV, mas alguns são jogadores de
selecção brasileira. Ufff!», mencionando de pronto o nome de Rodrigo Fabri.
Ainda assim não se atemoriza perante o valor do adversário e dá a receita para o
jogo, não temendo a pressão: «É preciso aguentar o Sporting nos primeiros 30
minutos, mas ninguém vai tremer. Vamos ver se eles ficam impacientes. Estamos
motivados e a trabalhar para que o jogo corra certo para nós e errado para
eles. Temos feito bons jogos, estamos fortalecidos e motivados para
defrontar equipas da I Liga».