Equipas estão a trabalhar para recuperar destroços de F-35 enquanto investigam "acidente" que obrigou piloto a ejetar-se sobre a Carolina do Sul

CNN , Nouran Salahieh e Oren Liebermann
19 set 2023, 08:06

Equipas estão a trabalhar para recuperar os destroços de um caça F-35 que desapareceu na Carolina do Sul durante o fim de semana, enquanto decorre uma investigação sobre o "acidente" que obrigou o piloto a ejetar-se, segundo o Corpo de Fuzileiros Navais e um oficial da defesa com conhecimento da busca.

O campo de destroços do jato - a cerca de duas horas a nordeste da Base Conjunta de Charleston - foi descoberto na segunda-feira, após uma busca em terra e no ar pelo jato F-35B Lightning II, descrito como "o caça mais letal, mais resistente e mais conectado do mundo" pela Lockheed Martin.

O caça tinha desaparecido no domingo, depois do piloto se ter ejetado, e foi levado para um centro médico local em estado considerado estável, informou a Base Conjunta de Charleston.

Antes da descoberta do campo de destroços, os militares fizeram um apelo invulgar ao cidadão para que ajudasse a encontrar o jato F-35, dizendo que a sua última posição conhecida era perto do Lago Moultrie e do Lago Marion, a noroeste da cidade de Charleston.

Os membros da comunidade estão agora a ser convidados a manterem-se afastados dos restos do caça enquanto as equipas de recuperação trabalham para proteger o campo de destroços no condado de Williamsburg.

"Estamos a transferir o comando do incidente para o USMC esta noite, enquanto iniciam o processo de recuperação", disse a Base Conjunta de Charleston num post no X, anteriormente conhecido como Twitter.

Não se sabe exatamente o que aconteceu para obrigar o piloto a ejetar-se.

"O acidente está atualmente a ser investigado e não podemos fornecer mais pormenores para preservar a integridade do processo de investigação", anunciaram os fuzileiros navais no comunicado de segunda-feira.

Corpo de Fuzileiros Navais suspende as operações de voo

Este não é o primeiro incidente que envolveu aviões militares nas últimas semanas.

O Corpo de Fuzileiros Navais ordenou uma pausa de dois dias nas operações de voo na segunda-feira, referindo três "acidentes aéreos de classe A" nas últimas seis semanas.

"Esta suspensão está a ser feita para garantir que o serviço está a manter a uniformização operacional de aeronaves prontas para o combate com pilotos e tripulações bem preparados", afirmou o Corpo de Fuzileiros Navais num comunicado de imprensa.

Embora a declaração do Corpo de Fuzileiros Navais não tenha fornecido pormenores sobre os outros dois acidentes, houve dois incidentes de aviação que aconteceram em agosto.

Um piloto morreu a 24 de agosto quando um jato de combate F/A-18 Hornet do Corpo de Fuzileiros Navais se despenhou perto de San Diego. A causa do acidente continua a ser investigada.

Dias depois, um MV-22B Osprey do Corpo de Fuzileiros Navais despenhou-se durante exercícios militares na Austrália, matando três fuzileiros navais americanos e deixando outros cinco em estado grave. Este acidente também continua a ser objeto de investigação.

Embora não haja indicação de qualquer ligação entre os acidentes, todos os incidentes são classificados como acidentes de Classe A pelo Corpo de Fuzileiros Navais, sendo assim definidos aqueles que causam a morte de uma pessoa ou mais de 2,5 milhões de dólares em danos materiais.

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