Ainda com excesso de mortalidade, DGS diz que "a pior parte poderá já ter passado"

16 jan, 17:12

Diretora-geral da Saúde alerta para a necessidade de vacinação, nomeadamente dos grupos de maior risco

Há um excesso de mortalidade em Portugal na população acima dos 45 anos. Por isso mesmo a Direção-Geral da Saúde (DGS) decidiu alargar a vacinação contra a gripe a todas as pessoas com mais de 50 anos. É que não morriam tantas pessoas nos primeiros dias do ano desde 2021, altura em que a pandemia de covid-19 estava instalada no país.

Em avaliação está, segundo a diretora-geral da Saúde, um alargamento ao grupo abaixo, numa avaliação que é feita semana a semana, sendo que o grande foco está na vacinação dos grupos de risco, nomeadamente das pessoas com mais de 60 anos.

A partir de uma farmácia, onde foi vacinada, Rita Sá Machado afirmou que os indicadores apontam que “já existe alguma resposta de tendência decrescente dos indicadores” de doenças respiratórias.

Ainda assim, a responsável recusa falar em certezas, mas parece que “a pior parte poderá já ter passado”. “Como digo, não é uma ciência exata, é aquilo que os indicadores nos vão dizendo”, acrescentou.

Isto sobre as doenças respiratórias, a grande causa aparente para o excesso de mortalidade em Portugal, que tem várias razões a explicar. Por isso mesmo a DGS tem em curso uma análise a ser realizada, para despistar ao certo o que está a acontecer”.

“A mortalidade não é explicada por apenas um fator, mas esse estudo já está a ser feito”, reiterou, prometendo mais explicações para o fim da campanha de vacinação, que garantiu ser a melhor arma de luta e proteção contra a doença.

Por isso, e referindo novamente que a vacinação está a ser equacionada, Rita Sá Machado deixa uma eventual atualização do alargamento das inoculações às pessoas com menos de 50 anos para a próxima semana.

Relativamente ao uso obrigatório de máscaras para prevenir o contágio, Rita Sá Machado alegou que a DGS tem normas em vigor e que, “mediante alguns alertas sobre o estado epidemiológico local”, os serviços de saúde podem - e têm “autonomia para o fazer” - determinar a utilização ou não.

“Face àquilo que era um aumento da incidência do vírus da gripe sazonal e também um aumento da própria incidência de covid-19, fizemos essa recomendação da utilização de máscara para pessoas com sintomatologia por vírus respiratórios e fizemos também essa recomendação naquilo que são os profissionais que estão na primeira linha a fazerem essa avaliação de todos estes doentes”, declarou.

A delegação europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou hoje para o aumento de casos de gripe nas últimas semanas em vários países e para a pressão nos hospitais, que poderá aumentar.

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