"Eu escrevi uma coisa inaceitável", "eu estava no WC da Lx Factory, não vi o golo", "olha, eu estive com ele no dia a seguir": e você estava onde quando Éder fez aquilo?

22 jun, 04:14
Portugal-França (Reuters)

Pedimos nas nossas redes sociais que os leitores respondessem com uma história à pergunta mais bonita de sempre do futebol português: onde estavas quando o Éder marcou à França? Estas são as respostas - e queremos receber mais, continue a enviá-las pelas nossas redes sociais

1. Mónica, 18 anos, Loures

“Lembro-me de ir com a minha família ver o jogo num ecrã gigante de um centro comercial. Estava completamente a abarrotar e sentia-se o entusiasmo e ansiedade no público. Com o decorrer do jogo, o ânimo foi decrescendo e fomo-nos sentando. Lembro-me que um primo meu começou a ouvir o relato devido ao delay do ecrã, mas na altura nem dei atenção a isso. Quando passou dos 90 minutos, o desespero era palpável, tanto que a entrada do Éder não foi muito valorizada. Alguns minutos depois o meu primo grita e olha estupefato para nós, nem tivemos tempo de perceber o que estava a acontecer porque segundos depois vimos com os nossos próprios olhos o grande golo do Éder. Foi uma euforia indescritível. Abraços, gritos, choros, cachecóis a voar. VAMOS SER CAMPEÕES! A partir desse momento não parei de chorar, enchi-me de alegria, lembro-me de estar abraçada ao meu pai enquanto gravavam Portugal na taça e de sentir as lágrimas e o coração a rebentar”

2. Wilson Mata, 27 anos, Leiria

"A minha viagem de 15 dias a França, entre o fim de junho de 2016 e o início de julho pode parecer vinda de um filme, mas não foi. Depois de assistir, em Paris,  a todo o trajeto vitorioso da seleção portuguesa até à final, descobri, a apenas a 3 dias de me vir embora, com toda a minha euforia, dos meus tios e da comunidade portuguesa em França, que o meu bilhete de volta a casa estava comprado para dia 10 de julho, à hora exata em que começava o jogo da final.

Ia ficando sem pernas quando olhei para o bilhete, mas o meu tio logo me disse que isto era um sinal e para eu, ainda assim, ir, e que à chegada íamos ser campeões. Quando regresso a Portugal, coloco os auriculares, entro no autocarro do terminal 2 do aeroporto de Lisboa e passados 2 minutos oiço o Nuno Matos a gritar Éder. Atirei a minha bagagem de mão pelo autocarro e agarrei-me à perna de um senhor desconhecido a celebrar golo e todo o autocarro entrou em êxtase. Na zona de chegadas, grito “somos campeões”, alto e bom som, e todos começam a fazer uma festa enorme. Arrepiante. Será, para sempre, um dos melhores dias da minha vida. 

3. Nuno Santos, diretor de informação da CNN Portugal

"Estava no Stade de France, segui esse Euro com muita atenção. Foi um momento de explosão, de alegria. Estava com o meu filho, que tinha oito anos de idade. Ele lembra-se de poucos momentos de quando tinha oito anos de idade, mas desse lembra-se. No final, fui ao relvado com ele, tirou uma foto com o Éder e tem uma bola autografada por ele".

4. Miguel, 28 anos, Lisboa

Estava com amigos no Terreiro do Paço a ver a final, éramos muitos, sentados há horas para garantir o melhor lugar, ignorando o sol e o calor desse dia. Os franceses bem que se ouviam, a festa era deles! Após os 90 minutos, decidimos ir comprar uma água e acabámos por ficar mais atrás, já não víamos praticamente nada do ecrã. Decidi colocar os auriculares e ouvir o relato do jogo. Fez-se silêncio no Terreiro do Paço, estávamos todos concentrados. A transmissão do ecrã estava com um delay [atraso] e, de repente, só dei por mim a gritar golo e tudo em silêncio. Pensava que tinha feito asneira mas continuava a ouvir no auricular que era golo. Então gritei, aliás, eu berrei e lembro-me que tinha cerca de 20 pessoas a olhar para mim a pensar no que eu estava a fazer. Segundos depois, uma onda gigante levanta-se e começa a festejar. Foi arrepiante e memorável este momento."

5. Gonçalo Nuno Pestana Silva, 20 anos, São Vicente - Madeira

“Era dia dos anos da minha irmã e fomos para um bar em São Vicente, na Madeira, ver o jogo. Na primeira parte,  sai lesionado o nosso capitão e conterrâneo aumentando assim o nosso nervosismo. Ao intervalo disseram em tom de brincadeira para ir buscar sal e uns galhos de alecrim para ver se tirava o mau olhado, e assim fiz. Colocamos um saquinho de sal e uma cruz de alecrim em cima da bandeira a ver se resultava. O tempo passava e nada. Até que já nos descontos, um amigo nosso estava a sentir-se mal, pois tinha bebido demasiadas bebidas energéticas e o jogo não ajudava aos nervos. Levámos o nosso amigo até à rua para ele apanhar ar e entre entradas e saídas do bar o tempo foi passando e eis que, enquanto esperávamos por um copo de água com açúcar para o acalmar, vimos o grande golo do Éder.”

6. Rúben Amieira, Cascais

“Desliguei a TV quando Ronaldo se lesionou e voltei a ligá-la só no fim dos 90 minutos... Foi a única vez que chorei ao ver um jogo de futebol."

7. Raquel Matos Cruz, jornalista

"Estava no sofá de casa, gravidíssima, e disse: se alguém marcar, dou o nome ao meu filho. Desejei secretamente que fosse o Ricardo Quaresma, e ser Ricardo, e até nascer o meu filho foi Éderzito"

8. Pedro Bello Moraes, jornalista

"Estava aqui, na redação. Fiquei numa euforia como poucas vezes. Foi uma alegria espantosa! Comovi-me! Ri, gritei, saltei, vi junto ao desporto"

9. Diogo Varanda, Amiais de Baixo, Santarém

Estava na praia de Quarteira na casa dos meus avós quando assisti ao golo do Éder. Havia algum delay na televisão de minha casa e ouvi bastantes gritos vindos dos prédios vizinhos segundos antes de ver o golo, o que me fez ter muito mais suspense para o momento em direto. Foi mesmo arrepiante. Jamais esquecerei!

10.  Mafalda Anjos, jornalista e comentadora da CNN Portugal

 

11. Julien Diogo

“No final do Euro 2016 fazia 30 anos e jogavam os meus dois países. Sou francês e português, passei o jogo dividido. Mas quando o Éder marcou foi a festa total!!! Portugal já tinha uma estrela na camisola.

12. Idalia Andrade

“Na altura estava a viver em Inglaterra. Fiquei sem voz! E e mais uns 6 portugueses fizemos uma festa que valeu por milhares.”

13. Carlos Manuel Piedade Gomes

“Estava no Stade de France por detrás da baliza onde foi o golo português do patinho feio, Éder. Noite de festa entre ‘tugas’ e franceses.

14. Andreia Vale, jornalista

"Foi um dia de emoções muito fortes, porque consegui estar no estádio naquele dia. Desde aquele primeiro momento das traças, que nos fez tanta impressão, à lesão do Ronaldo e até ao momento em que o Éder marca aquele golo! Foi um dia passado em família. Estava com o filho do meio e com pai do filho do meio e foi um dia passado em família e um dia que nunca mais nenhum de nós se vai esquecer. De emoções muito, muito fortes". 

15. Pedro Benevides, jornalista

"Estava em reportagem para ver o trânsito das pessoas a irem ver o jogo, andei de mota pela cidade de Lisboa, e acabámos já quase ao fim da noite num jardim em Campo de Ourique e é nesse momento que o Éder marca aquele golo. Foi uma festa enorme! Ficámos até ao último minuto para ter a certeza que Portugal ganhou e depois fomos para o Marquês. Um dia muito longo mas de grande festa".

16. Sónia Valério Leal 

“Vi a final na varanda da casa de uma amiga. A televisão tinha um delay considerável. Ouvi gritar golo e entrei em casa a dizer "vamos marcar!" O resto é história!

17. Manuel Brocas

“Estava a trabalhar na Estação Ferroviária de Marco de Canaveses. Quando o Éder marcou o golo, liguei o som da televisão à aparelhagem sonora da estação até ao final do jogo.”

18. Ana Correia

“Eu estava no Luxemburgo numa fan zone a 5 quilómetros de França com imensos portugueses mas franceses. Também estávamos à espera de não sermos muito massacrados apesar de danados com aqueles franceses pelo que tinham feito ao Ronaldo e por aquilo que tinham dito sobre a nossa seleção (disseram que jogávamos dégueulasse . Quando o Éder entrou, o pessoal não concordou muito com a escolha mas depois do golo rezámos para que a bola dos franceses não entrasse na nossa baliza. Quando se deu o apito final foi uma loucura. Os franceses foram gozados até mais não não só pela comunidade portuguesa, mas todas as comunidades estrangeiras, incluindo luxemburgueses”

19. Joaquim Sousa Martins, jornalista

"Estava nesta régie, a preparar uma emissão especial, não sabíamos como é que o jogo ia terminar, estava tudo a postos e transmitimos daqui uma noite gloriosa".

20. Pedro Ramalho, jornalista

"Estava a fazer o resumo que ia entrar na TVI. Quando o Éder entra achámos todos que era um joker. Foi uma explosão de alegria, parei de fazer o resumo e quando voltei a cair na realidade ainda tínhamos mais uns 11, 12 minutos para gerir aquela vantagem que nos garantiu o europeu, o único até agora conquistado por Portugal".

21. Vera Honrado

“Assisti ao jogo no parque da Várzea, em Torres Vedras, num ecrã gigante. A minha filha mais nova tinha uma camisola de Portugal com o número 9 e perguntei a meio do jogo quem era o 9 de Portugal. Disseram-me que provavelmente nem havia jogador com o número 9. No fim, marca o Éder com a camisola 9. Memorável!

22. Rute Figueiras

“Estávamos no Terreiro do Paço, a minha filha, a ouvir o relato na rádio, disse-me: ‘Mãe, não grites, mas Portugal marcou goooooolo'.”

23. Tânia Grave

“Eu estava em Cantanhede numa fan zone criada no centro da cidade. Nos últimos minutos desloquei-me para junto de um homem que ouvia o relato na rádio com auscultadores e, sem me conhecer, disse-me baixinho: golo! Só tive tempo de ligar a câmara do telemóvel e filmar o momento em que toda a gente se levantou a gritar golo.

24. Conceição Queiroz, jornalista

"Foi tão emocionante! Ri, chorei, torci por Portugal e quando o Éder marcou aquele golo foi emoção total"

25. Hugo Matias, jornalista

"Estava em casa de uns primos, foi uma festa imensa, quase uma sensação inacreditável. Ninguém acreditava que íamos sair vencedores e com o caneco na mão"

26. Henrique Magalhães Claudino, jornalista

"Estava na casa de banho da Lx Factory. Não vi".

27. Joana Moser, jornalista 

"Estava na Ásia com um grupo de franceses que ficaram furiosos. Eu fiquei feliz".

28. Zé Quintal

“Estava na Acreditar, em Lisboa. A minha filha estava em fase de tratamentos de quimioterapia a lutar contra uma leucemia. Assim como Portugal, ela venceu."

29. Beatriz Bastos

“Estava em França, vinte franceses e dois portugueses numa garagem - a mesa cheia de garrafas de champanhe e à minha frente uma buzina. Num impulso, peguei na buzina e disse: ‘eu é que vou precisar dela!’. Nem estava a ver o ecrã, pois os franceses estavam em frente ao ecrã. Ouço o meu marido festejar e aquela buzina insuportável foi a minha melhor alegria. Bem tentaram, mas não a larguei!”

30. Lili Caneças

“Eu estava no Largo de Camões com montes de amigos e a minha filha em Cascais a ver num ecrã gigante. Também para mim foi inesquecível e no dia seguinte encontrei o Éder no hotel Cascais Miragem. Tirámos uma selfie e demos um abraço”.

31. Pedro Santos Guerreiro, diretor-executivo da CNN Portugal 
 

"Estávamos todos a dizer mal do Payet, por causa da lesão do Ronaldo. Quando o Éder remata, toda a gente saltou para o colo uns dos outros. Escrevi um texto daqueles mais ou menos inaceitáveis a não ser neste dias.

32. Pedro Falardo, jornalista

 

"Estava no meu quarto às escuras, porque já estava demasiado tenso. Não sabia que tinha sido o Éder a marcar o golo. Quando cheguei à sala e vi fiquei bastante surpreendido."

33. Lina Santos, que editou todos estes depoimentos

"Estava a ver o jogo em casa com a minha família, as crianças desinteressaram-se ao fim de dez minutos e fiquei a ver o jogo com o meu marido e o Facebook e quando Éder entrou escrevi: 'Épico era haver um golo do Éder'."  

Continue a partilhar as suas histórias e se conhece o adepto que, no Stade de France, gritou "CHUTA, CHUTA DAÍ, C******", contacte-nos através das redes sociais ou por e-mail: digital@cnnportugal.pt

 

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