Bélgica-Rep. Irlanda, 3-0 (crónica)

18 jun 2016, 16:46
Bélgica-Irlanda (LUSA)

Witsel e De Bruyne ditaram a Lei do mais forte

Vitória justa da melhor equipa em teoria e no campo.

90 minutos de controlo belga sobre a República da Irlanda, que só se traduziram em números no segundo tempo.

Marc Wilmots mudou três peças do seu xadrez em relação ao jogo com a Itália e acertou em cheio nas mexidas. Na lateral direita Ciman saiu para entrar Meunier, Nainggolan deu lugar a Dembelé e Carrasco entrou em detrimento de Fellaini.

Ora, com a saída de Fellaini, De Bruyne passou para o meio e deu uma nova vida ao jogo ofensivo dos Diabos Vermelhos e muita criatividade. Foi pelo jogador do Manchester City que passaram todos os lances de perigo dos belgas na primeira parte e quando não foi de bola corrida foi de bola parada. No segundo tempo foi dos pés do camisola 7 que se desmanchou o muro irlandês.

Começando pelo início.

Veja aqui o filme do jogo.

Logo aos cinco minutos ludibriou dois irlandeses e deu em Carrasco, que criou perigo. Até aos 20 minutos, De Bruyne ofereceu o golo a Alderweireld e esteve perto de festejar num livre lateral. Previa-se o golo da Bélgica e aos 21’ esteve perto. Hazard atirou por cima e levou ao desespero os adeptos belgas.

Quatro minutos depois, a festa instalou-se nas bancadas, mas Çunekt Çakir anulou por fora de jogo de Carrasco. Mais uma vez De Bruyne a desequilibrar e a fazer um passe espetacular para as costas da defesa irlandesa. O extremo do Atl. Madrid mergulhou para a bola e obrigou Randolph a uma grande defesa, a bola foi para a barra e Carrasco fez o golo na recarga. O fiscal da linha anulou e bem o lance.

Acalmaram os ânimos outra vez e até ao intervalo ainda houve mais uns motivos para saltar da cadeira, mas sempre sem ser possível a festa do golo. De Bruyne tentou de longe e assistiu duas vezes para Meunier, que nunca acertou na baliza. Belo jogo deste lateral direito que entrou para o lugar de Ciman.

E a Irlanda?

Boa coesão defensiva, mas ofensivamente foi nula. Bola na frente à procura de Shane Long, que esteve muito sozinho e não conseguiu ganhar bolas para a sua equipa subir. Courtois foi um mero espetador.

Çunekt Çakir apitou para o intervalo e o 0-0 era muito injusto para a Bélgica.

No início da segunda parte tudo mudou. A Irlanda até apareceu na frente, pediu penálti (que era) mas no contra-ataque a esse lance, a Bélgica fez o primeiro. De Bruyne recebeu, acelerou, ultrapassou irlandeses e deu a Lukaku, que na primeira vez que rematou fez o golo. Belo golo do avançado do Everton.

A Irlanda tentou então começar a trocar a bola, a subir as linhas e conseguiu empurrar os Diabos Vermelhos para a sua área. Só que apareceu Witsel a parar uma sequência de lances ofensivos dos irlandeses, pôs gelo no jogo, foi o pêndulo numa série de passes com os colegas e lançou Carrasco na direita. O extremo foi à linha, passou para trás para Meunier, que cruzou com conta, peso e medida para a cabeça de Witsel, que apareceu a finalizar. Mais uma bela jogada dos belgas e justiça no resultado.

Jogo excelente de Witsel, que não teve Fellaini ao lado a limitá-lo nas suas ações. Quando jogam juntos, executam o mesmo papel e anulam-se.

O golo do ex-Benfica foi aos 61 minutos e nove minutos depois, Lukaku voltou a fazer o gosto ao pé. Meunier recuperou uma bola perto da linha de fundo da Bélgica e lançou Hazard, que arrancou no seu meio-campo e só parou na área da Irlanda (até pelo fiscal de linha passou). Com o arranque deixou tudo para trás e criou uma situação de 3 para 1. O defesa aproximou-se de si e ele deu a Lukaku. Na cara de Randolph fez o «bis» e juntou-se a Bale, Morata, Payet e Stanciu no topo da pirâmide dos melhores marcadores.

Os vinte minutos finais foram uma espera pelo apito final de Çunekt Çakir, com irlandeses conformados e belgas contentes com o resultado e a sua exibição.

Com este triunfo, a Bélgica subiu ao segundo lugar e garantiu o primeiro lugar à Itália. Irlandeses e suecos vão lutar na última jornada com os belgas pelo apuramento.

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