Americanos e russos trocaram acusações em pleno Conselho de Segurança das Nações Unidas
O Conselho de Segurança das Nações Unidas vetou o projeto de resolução apresentado pelos Estados Unidos, esta sexta-feira, que pedia um cessar-fogo em Gaza vinculado à libertação de reféns.
Segundo a Associated Press, foram 11 votos a favor, entre eles EUA e Reino Unido; três contra e uma abstenção. A Rússia, a China e a Argélia votaram contra e a Guiana absteve-se. Como membros permanentes do Conselho de Segurança, os votos russos e chineses contaram como vetos.
Anteriormente, os EUA tinham vetado por três vezes resoluções de cessar-fogo semelhantes.
O governo americano chamou a atitude de Moscovo e de Pequim como "cínica" e uma "recusa em condenar o Hamas".
Vasily Nebenzya, embaixador da Rússia na ONU, acusou os EUA de hipocrisia e disse que a resolução daria "mãos livres" para que Israel atacasse Gaza. Segundo ele, o apelo a um cessar-fogo foi "diluído" por citar a palavra "imperativo".
Durante a sessão, o representante russo afirmou que a proposta americana não tem uma determinação clara sobre o cessar-fogo imediato ou a libertação dos reféns, e acusou o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e a embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, de “enganar a comunidade internacional” por “politização", com o objetivo de "ficar bem" com os seus eleitores, sublinha.
De acordo com a Reuters, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken: "Iremos para Rafah, espero que com o apoio dos EUA, mas se for necessário, faremos isso sozinhos."