Estados Unidos colocam seis empresas chinesas na ‘lista negra’ após incidente com balão-espião

10 fev 2023, 21:59
Balão espião chinês (AP)

Citado pela Reuters, o governo de Washington D.C. justifica a sanção, alegando que estas empresas apoiam os programas aeroespaciais do Exército de Libertação do Povo, incluindo os balões e respetivos componentes

O Departamento de Comércio dos Estados Unidos colocou seis empresas chinesas na ‘lista negra’ após o incidente com o balão-espião que sobrevoou o continente norte-americano antes de ser abatido na costa da Carolina do Sul.

Citado pela Reuters, o governo de Washington D.C. justifica a sanção, alegando que estas empresas apoiam os programas aeroespaciais do Exército de Libertação do Povo, incluindo os balões e respetivos componentes.

"O Departamento de Comércio não hesitará em utilizar a Lista de Entidades e os nossos outros instrumentos de regulamentação para proteger a segurança nacional e a soberania dos Estados Unidos", afirmou o vice-secretário de Estado do Comércio, Don Greaves, citado pela CNBC.

Por sua vez, o subsecretário de Estado do Comércio para a Indústria e Segurança, Alan Estevez, afirma que esta decisão "torna claro que as entidades que procuram prejudicar a segurança nacional e a soberania dos Estados Unidos ficarão impedidas de aceder às tecnologias do país".

As seis entidades visadas são as seguintes:

Beijing Nanjiang Aerospace Technology;

China Electronics Technology Group Corp 48th Research Institute;

Dongguan Lingkong Remote Sensing Technology;

Eagles Men Aviation Science and Technology Group;

Guangzhou Tian-Hai-Xiang Aviation Technology;

Shanxi Eagles Men Aviation Science and Technology Group.

Esta quinta-feira, o governo americano tinha afirmado que iria tomar ações “contra entidades da República Popular da China ligadas ao Exército de Libertação Popular, que apoiaram a incursão do balão no espaço aéreo dos Estados Unidos”.

Sobre a empresa que terá fabricado o balão, os Estados Unidos alegaram que terá ligações diretas ao Exército de Libertação do Povo. "A empresa também publicita balões no seu site e disponibiliza vídeos de voos passados, que parecem ter sobrevoado pelo menos o espaço aéreo dos Estados Unidos e o espaço aéreo de outros países. Estes balões anunciados parecem ter padrões de voo semelhantes aos dos balões de que temos vindo a falar esta semana", pode ler-se na nota, citada pelo The Washington Post.

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