Jenni Hermoso pede «medidas exemplares» contra Rubiales

23 ago 2023, 19:06
Luis Rubiales nas celebrações do título mundial feminino de Espanha (AP/Manu Fernandez)

Agência da futebolista e sindicato FUTPRO pedem medidas que protejam as jogadores de atos como o que aconteceu após a final do Mundial feminino

Jenni Hermoso, jogadora da seleção espanhola que foi beijada na boca sem consentimento por Luis Rubiales após a final do Mundial feminino, exigiu que a Federação Espanhola de Futebol (RFEF) adote «medidas exemplares» contra o presidente da RFEF.

Num comunicado emitido através da sua agência e do sindicato FUTPRO, é referido ser «essencial» que a seleção espanhola esteja sempre representada por «figuras que projetem valores de igualdade e respeito em todos os âmbitos».

É ainda solicitado que o Conselho Superior de Desportos seja parte ativa no combate a situações de assédio e abuso sexual, de machismo e sexismo. A FUTPRO garante que tudo vai fazer para que atos como aquele em concreto que se verificou entre Rubiales e Hermoso, não passem impunes.

No comunicado nunca é mencionado o nome de Luis Rubiales, cujo comportamento já foi condenado publicamente pelo primeiro-ministro de Espanha, mas o destinatário da mensagem é óbvio.

COMUNICADO NA ÍNTEGRA:

«Desde a nossa associação pedimos à RFEF que implemente os protocolos necessários, zele pelos direitos das nossas jogadores e adote medidas exemplares. É essencial que a nossa seleção, atual campeã do Mundo, esteja sempre representada por figuras que projetem valores de igualdade e respeito em todos os âmbitos. É necessário continuar a avançar na luta pela igualdade, uma luta que as nossas jogadoras lideraram com determinação, levando-nos à posição em que hoje nos encontramos.

Apelamos também ao Conselho Superior de Desportos para que, dentro das suas competências, apoie e promova ativamente a prevenção e intervenção perante o assédio ou abuso sexual, o machismo e o sexismo.

A FUTPRO reprova qualquer atitude ou conduta que viole os direitos das futebolistas e no sindicato estamos a trabalhar para que os atos como os que vimos nunca fiquem impunes, para que sejam sancionados e se adotem as medidas pertinentes que protejam as futebolistas de ações que consideramos inaceitáveis.»

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