Carlos Saleiro e os bastidores da «época atribulada» do Oriental

7 jun 2016, 23:53
Carlos Saleiro

O avançado que explodiu no Sporting falou ao Maisfutebol da época «atribulada» ao serviço do emblema lisboeta que teve descida e alegadamente resultados combinados

«Nada faria prever o que viria a acontecer no final»

Ainda incrédulo com o que se passou no Oriental, Carlos Saleiro falou ao Maisfutebol daquilo que considerou de «época atribulada» ao serviço do emblema lisboeta.

Da época de estreia que foi de sonho, em Marvila mora agora a amargura da descida de divisão, e paira a sombra da alegada corrupção cometida por alguns jogadores do plantel.

Sobre esse tema, Saleiro não quis falar, mas não se coibiu de meter o dedo na ferida.

 

Carlos, apesar da luta até ao final, não foi possível evitar a descida. O que sentiu o grupo após o apito final?

«Após o sucesso na época de estreia, nada previa o que aconteceu esta época. O clube em geral sentia-se confiante, os jogadores a mesma coisa, os adeptos já aspiravam a mais. Mas as coisas não correram como esperado e, por várias razões, a equipa não rendeu o que devia render nos momentos crucias da época»

Não renderam…porquê?

«Por várias coisas. Penso que o mister João Barbosa devia ter continuado. Por ser um jovem treinador de grande qualidade, todos os jogadores confiavam nele, trabalhava muito bem, e ressentimo-nos disso numa altura importante do campeonato. O nosso relvado também condicionou. Fazíamos melhores jogos fora do quem em casa. Foi uma época atribulada. Não fomos competentes em muitos dos jogos e saímos com o pensamento de que tínhamos condições para fazer muito mais»

E entra aí a questão dos alegados resultados combinados?

«Não vou falar disso, por respeito aos meus colegas. Até prova em contrário ninguém foi culpado de nada, e não seria correto da minha parte falar dessa situação»

A nível individual, qual o balanço destas duas épocas no Oriental?

«Depois de vários problemas físicos no passado, a nível de lesões, consequente das paragens, consegui superar isso e ainda realizei vários jogos, com uma boa média de golos. Após um ano completamente parado por lesão fui para o Oriental relançar a minha carreira e ganhar ritmo competitivo. Nestas duas épocas fiz 31 jogos, 10 golos e boas prestações, um registo a meu ver positivo»

Foi o fim no Oriental?

«O meu contrato acabou. Foram dois anos com pessoas que foram muito sérias comigo, só tenho de agradecer ao clube».

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