Central do Estoril foi em visita à capital francesa e falou ao Maisfutebol das emoções sentidas aquando dos ataques terroristas
«Senti-me triste e com raiva, foi um sentimento estranho».Foi desta forma, e emocionado, que Yohan Tavares recordou ao Maisfutebol
Na noite de sexta-feira, a cidade de Paris estremeceu com o barulho de sete explosões levadas a cabo pelo autoproclamado Estado Islâmico. Dos atentados terão resultado 129 mortos e mais de 300 feridos, em vários locais da cidade francesa.
Yohan estava lá e falou-nos desse fatídico incidente, mas não quis alongar-se sobre uma matéria que considerou sensível.
«Vou muitas vezes a Paris, porque tenho lá família e amigos. Sempre que tenho tempo apanho o avião e demora hora e meia a lá chegar. Sobre o que se passou lá, já vi e li muitas coisas e há coisas que concordo e outras que não, cada um tem a sua opinião. Acho que não tem nada a ver com religião, mas com uma ideologia maluca», começou por dizer, continuando.
«O que se passou foi horrível, muito mau. Foi algo que as pessoas em Paris nunca imaginaram que aconteceria, porque desta vez afetou os civis diretamente. No outro ataque ao Charlie Hebdo foi uma vingança, foi diferente. Desta vez atingiu os civis e o coração da França.»
O pânico nas ruas foi visível, bem como as repercussões que os ataques estão a ter, sobretudo em França mas não só. Uma negra realidade que, segundo o jogador, pode acontecer em qualquer lado mo mundo.
«Nós imaginamos as coisas, mas ao mesmo tempo estamos muito longe de imaginar que pode acontecer a todos, até aos portugueses. Acho que as pessoas em Paris aperceberam-se que aquilo poderia acontecer até ali. Como todos os europeus, senti-me triste e com raiva, foi um sentimento estranho.»
Uma das explosões aconteceu junto a uma das entradas do Stade de France
«Acho que afeta quem estava a jogar, mas temos de mostrar que somos mais fortes que isso. Depois a França jogou em Inglaterra e foi um grande jogo. Não vou dizer que não mexeu comigo, porque mexeu e ainda mexe. Ainda agora houve mais mortes. Mas infelizmente a vida é assim e há muitos anos que acontece noutros sítios do mundo»
Uma memória a não recordar para Yohan Tavares.
Outros temas da ENTREVISTA a Yohan Tavares:
«Quero dar o salto mas acho difícil em Portugal»
«O 'chuta-chuta' e o Marco Silva europeu»