O até aqui presidente da Assembleia da República quer que os socialistas assumam a oposição em vez de a deixarem para o Chega
Augusto Santos Silva defende que o PS e PSD devem chegar a entendimentos em determinadas áreas essenciais, desde logo na Justiça.
Em declarações à Renascença, Augusto Santos Silva sublinha que "há matérias que, pela sua importância, aconselham a que haja diálogo, cedência mútua, negociação e compromisso entre os dois partidos, ou entre o Governo e a oposição".
"Uma área que está mesmo a pedir isso é a área da Justiça", aponta o socialista.
Para o ainda presidente da Assembleia da República, o facto de um dos partidos ser governo e outro assumir a oposição "não significa que não se entendam nas áreas em que é preciso entender-se e não significa que radicalizem as suas posições, quando as suas posições são tradicionalmente próximas".
No rescaldo das legislativas de 10 de março, que resultaram numa maioria de direita e numa mudança do bipartidarismo, Augusto Santos Silva considera que deve ser o PS a liderar a oposição à AD e não o Chega.
"A pior coisa que podia suceder a Portugal seria ter um bloco central assumido ou envergonhado e o Chega a liderar a oposição.”
