Carlos Moedas contraria um dos líderes da AD: "Não vamos governar com o Chega"

12 mar, 12:04

Líder do Partido Monárquico pediu a Montenegro para reconsiderar o "não é não" ao Chega

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, afirmou esta terça-feira que a Aliança Democrática (AD) "não vai governar com o Chega", responsabilizando o parlamento pela garantia da estabilidade das instituições democráticas.

"O líder da AD foi claro, assim como eu, como presidente da Câmara, fui claro. Eu não governo com o Chega, a AD não vai governar com o Chega", declarou Carlos Moedas à margem da inauguração do funicular da Graça, quando questionado pelos jornalistas sobre as declarações de Gonçalo da Câmara Pereira, presidente do PPM, que não descartou a possibilidade de um entendimento entre a coligação e o partido de André Ventura.

O social-democrata considera que Luís Montenegro "teve uma vitória clara" nas eleições legislativas de domingo e não tem dúvidas de que "Luís Montenegro vai ser primeiro-ministro" de Portugal, responsabilizando os deputados, nomeadamente do PS e do Chega, pela estabilidade das instituições democráticas.

"Aqueles que têm responsabilidade no parlamento farão o que têm a fazer: querem ou não querem um governo que mude de ciclo?", questionou, retórico.

Interrogado sobre se acredita que o novo ciclo da AD poderá durar uma legislatura ou se antecipa que dentro de seis meses possam vir a ser convocadas novas eleições, Carlos Moedas já não foi tão categórico: "Não sou analista político. O que é importante é que o governo, com esta mudança, consiga implementar as suas medidas, assim como eu, na Câmara de Lisboa, consegui começar a implementar as minhas medidas, a trabalhar para as pessoas e não para a bolha partidária."

Gonçalo da Câmara Pereira, um dos líderes da AD, pediu a Luís a Montenegro que reconsidere o "não é não" ao Chega: "O país precisa de estabilidade, não me assusta uma abertura ao Chega".

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