Chega deixa AD formar Governo mas Ventura avisa que quer ser ouvido no Orçamento

11 mar, 22:06

André Ventura diz que o partido está disposto a ceder e a analisar medida a medida

André Ventura admitiu “não apresentar uma moção de rejeição” a um Governo liderado por Luís Montenegro, mas deixou o aviso: “Se não houver negociação do Orçamento do Estado é uma humilhação para o Chega, votarei contra”.

Em entrevista à TVI e CNN Portugal, o presidente do Chega considerou que o resultado do Chega deu "a capacidade de criar essa maioria à direita” e que, para si, é claro que “os portugueses disseram ‘não queremos uma maioria do Chega ou PSD, queremos um governo a dois'”.

“Estamos disponíveis para nos sentarmos para criar um Governo. Nós cedemos, fomos responsáveis, não vi o PSD a fazer isso. Estamos disponíveis para dar um governo estável a Portugal”, vincou.

Perante um cenário de ingovernabilidade à esquerda, sendo que o próprio PS assumiu que iria fazer parte da oposição, André Ventura entende que não há mesmo outra solução.

E isso nem tem de passar por uma presença do Chega no Governo. "Não exigo [isso]", garantiu, mas quer exige, sim, um acordo com os dois partidos sobre os nomes que farão parte de um futuro Executivo.

"Estamos disponíveis para convergir, não estamos disponíveis para ser humilhados", afirmou, rejeitando comparar-se a Iniciativa Liberal ou CDS, que tiveram "5% e dois deputados", respetivamente.

André Ventura reforçou que é necessário respeitar as escolhas dos eleitores - "votaram maciçamente no Chega" - pedindo um acordo para uma estabilidade, que deverá sempre passar pelas 1,1 milhões de pessoas que votaram no partido.

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