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Ensinar para o futuro: 85% dos empregos ainda não foram inventados

27 fev, 14:25

À medida que as eleições europeias se aproximam, torna-se cada vez mais importante a forma como as políticas europeias podem promover a colaboração, a comunicação e a aprendizagem entre países. Esta colaboração não é apenas crucial para a inovação, como também para a evolução dos nossos sistemas educativos, a fim de preparar os nossos jovens para enfrentar os desafios globais.

Num cenário em rápida evolução, o impacto da educação na formação das nossas sociedades não pode ser subestimado. Ao interligar a educação com a inovação e a tecnologia, estamos a criar os alicerces de um futuro que continua, em grande parte, por escrever.

Na era digital, os professores transformam-se nos novos descobridores ou empreendedores, guiando os seus alunos na aquisição de novos conhecimentos. A integração de ferramentas digitais na educação não diminuiu o papel do professor; na realidade redefine-o.

Esta era de transformação digital permite que os professores deixem de se concentrar nas tarefas administrativas e passem a concentrar-se em aspectos mais interessantes e impactantes do ensino, como o planeamento das aulas, a orientação individual dos alunos e o desenvolvimento de competências essenciais do século XXI. A tecnologia nas salas de aula não é um substituto, mas um poderoso aliado que melhora a experiência de ensino e aprendizagem.

A utilização da inteligência artificial (IA) deve ser encarada como um aliado e não como uma ameaça. A IA pode ajudar os professores, oferecendo recursos de aprendizagem personalizados e adaptáveis.

Uma projeção surpreendente do Institute for the Future (IFTF) que refere que 85% dos empregos existentes em 2030 ainda não foram inventados. Torna-se então fundamental preparar os alunos para os desafios do século XXI. Esta simbiose entre o ser humano e a tecnologia pode criar uma esfera educativa de maior eficiência.

A implementação estratégica da tecnologia na educação não é apenas uma resposta às necessidades do presente, como também um investimento na construção de um futuro onde o conhecimento e a inovação são os alicerces do crescimento económico sustentável e da prosperidade global. Pessoas com competências digitais mais desenvolvidas terão, certamente, maior empregabilidade e estarão mais bem preparadas para contribuir para setores económicos impulsionados pela inovação. Além disso, a educação, apoiada pela tecnologia, cria ambientes mais propícios ao empreendedorismo e envolvimento dos estudantes, contribuindo para o crescimento económico através de "startups" ou empresas disruptivas que são boas para o desenvolvimento da economia.

Num mundo em constante evolução, a educação e a sua evolução é a âncora que nos mantém firmes.

A adoção da tecnologia, incluindo a IA, não só reforça a educação, como também amplifica a importância dos professores. À medida que nos aproximamos das eleições nacionais e europeias, a escolha de líderes empenhados em promover a cooperação internacional e em elevar a educação como um pilar central para o progresso da sociedade torna-se cada vez mais crítica.

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