Trump garante que não vai banir o aborto a nível federal (e critica Arizona por o ter feito)

CNN , Kate Sullivan
10 abr, 18:42
Donald Trump (Mike Stewart/AP via CNN Newsource)

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu esta quarta-feira que não vai assinar uma proibição federal do aborto caso esta chegue à sua secretária num cenário em que é eleito em novembro.

Esta é a resposta mais firme de Trump até à data sobre uma proibição nacional do aborto, depois de o republicano ter reivindicado simultaneamente o crédito por nomear os juízes do Supremo Tribunal que ajudaram a derrubar Roe v. Wade, uma lei baseada em jurisprudência que legalizava o aborto em todos os estados. 

Trump fê-lo enquanto se distanciava de alguns dos esforços mais rígidos dos republicanos em todo o país para limitar o procedimento e, na segunda-feira, pediu que a questão fosse decidida pelos estados.

"Assinaria uma proibição nacional do aborto se o Congresso a enviasse para a sua secretária?" perguntou um repórter em Atlanta.

"Não", disse Trump, abanando a cabeça.

"Não o assinaria?", instistiu o repórter.

"Não", disse Trump novamente.

Na quarta-feira anterior, Trump distanciou-se de uma decisão polêmica proferida pelo Supremo Tribunal do estado do Arizona que decidiu que o estado deve aderir a uma lei com 160 anos que proíbe todos os abortos, exceto nos casos em que "é necessário salvar" a vida de uma pessoa grávida. A decisão decorre de um caso que foi reavivado depois de o Supremo Tribunal dos EUA ter derrubado Roe v. Wade em junho de 2022.

"Sim, foram", referiu Trump em Atlanta, quando questionado se o Arizona foi "longe demais" com a decisão. "Isso será esclarecido, e tenho certeza de que o governador e todos os outros vão trazê-lo de volta à razão e isso será resolvido, eu acho, muito rapidamente."

E.U.A.

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