Entre os envolvidos estão pessoas de vários estratos sociais e com idades entre os 30 e mais de 60 anos
Oitenta pessoas foram detidas por suspeitas do crime de abuso sexual de menores, numa megaoperação policial realizada esta semana, em França, noticiou a agência France-Presse (AFP) que é citada por vários meios de comunicação social.
Nesta operação "sem precedentes" em território francês, a polícia centrou as atenções em indivíduos que mantinham contactos regulares com crianças, explicou o comissário Quentin Bevan, coordenador desta ação.
Entre os envolvidos estão pessoas de vários estratos sociais e com idades entre os 30 e mais de 60 anos, revelou Bevan, apontando que, neste tipo de crime, "não existe um perfil padrão".
Dois professores, treinadores e um supervisor de um lar para crianças com deficiências estão entre as dezenas de detidos.
Um dos professores é acusado de ter na sua posse "fotos e vídeos dos seus alunos" e de ter agredido sexualmente pelo menos um deles.Tal como este homem, cerca de uma dezena dos detidos são suspeitos de violação de menores ou agressão sexual.
O supervisor do lar de crianças com deficiência já tinha antecedentes criminais, tendo sido condenado por violação "há várias décadas". O homem conseguiu mudar de identidade e isso fez com que conseguisse ter um trabalho que o colocava em contacto com menores.
Quando foram intercetados pelas autoridades, alguns dos detidos estavam a descarregar pornografia infantil e tentaram destruir os computadores "com um martelo".
Durante as buscas, a polícia francesa apreendeu computadores, discos rígidos e outros meios digitais, onde estavam mais de "100 mil" vídeos e fotos de abusos. Alguns conteúdos era "extremamente violentos", apontou o comissário Quentin Bevan.
No final desta operação, 51 homens compareceram em tribunal - 13 ficaram em prisão preventiva e 38 estão sob vigilância. Os restantes saíram em liberdade, enquanto se aguardam os resultados de uma análise mais profunda das provas.
O Ministério do Interior anunciou que a investigação prossegue.